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EFAF - ARTIGO DE OPINIÃO - CONVÍVIO INTERGERACIONAL

ARTIGO DE OPINIÃO - EF ANOS FINAIS

CONVÍVIO INTERGERACIONAL

ARTIGO DE OPINIÃO

ID: HA6



Texto I

Idosos e crianças têm muito o que agregar entre si. Se os mais velhos podem absorver a energia da molecada e se revigorar, os pequenos podem aprender com eles lições de vida valiosas, baseadas na trajetória, na experiência e na contribuição que os idosos já fizeram à sociedade. Nos EUA, programas intergeracionais, de convivência entre idosos e crianças, já comprovaram diversos benefícios aos dois grupos. Tanto é assim que, nos EUA, existem pelo menos cem espaços de convivência para crianças e idosos, uma realidade ainda distante do Brasil. “São como creches 'fundidas' com casas de repouso – assim crianças e idosos se entrosam”, explica Natan Chehter, geriatra da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia). (...) Quando prazeroso (quer dizer, sem peso nem obrigação), conviver com crianças, em especial os netos, pode dar ao idoso um sentido de utilidade. O contato com os pequenos incentiva as habilidades motoras do idoso, e exercita seu cérebro, o que previne doenças neurodegenerativas. "Idosos com algum grau de demência eventualmente também podem ter alguma melhora do ponto de vista funcional. São estimulados e podem ficar mais calmos", complementa Chehter. (...) Quando o contato é prolongado e diário, algumas crianças ainda acabam amadurecendo tanto do ponto de vista intelectual quanto do ponto de vista psicoemocional mais rapidamente do que outras da mesma idade. Para as crianças, sentirem-se aceitas, acolhidas e seguras traduz-se em bem-estar, autoestima e estímulos que facilitam o aprendizado. Do contrário, sem apoio e sozinhas, exploram menos seu potencial e têm mais dificuldades para se desenvolverem e se relacionarem com os outros.

TESTONI, Marcelo. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/02/03/quais-os-beneficios-de-se-promover-o-convivio-entre-idosos-e-criancas.htm 15010. Adaptado. Acesso em 7.fev.2023.



Texto II

Vovó Marieta adorava ler romances de amor, mas desistia da leitura sempre que uma personagem da história morresse. “Já não bastam os parentes que morrem?!”, protestava e, então, fechava o livro. Hoje a vovó não lê mais, a vista já está embaçada – ela apenas folheia livros de história com os netos pequenos, e empolgam-se todos com os desenhos. Vovó Marieta senta-se, todas as tardes, num banco de madeira, debaixo das árvores do pomar, e lá permanece por horas, às vezes olhando pro céu, às vezes olhando pras roupas no varal. “Conta a história de quando a senhora conheceu o vovô!”, “Depois conta aquela de quando vocês foram passear na praia!” Os netos se atropelam – todas as histórias da vovó Marieta são fascinantes. (...) Quando está calor, ela quer o cachecol; quando está frio, inventa de molhar os pés na bacia de água gelada... E sorri, como quem, ao longo da vida, só tivera motivos para sorrir.

Gislaine Buosi



Texto III

Segundo a psicóloga Eloisa Feltrin, é necessário que os mais velhos busquem entender a praticidade trazida pelas novas gerações por meio da tecnologia, enquanto os jovens devem estar abertos a perceber os hábitos e funções sociais importantes desempenhadas pelos idosos, valorizando-os, independentemente da idade que tenham.

ZAMBÃO, Sissy. Disponível em: https://www.semprefamilia.com.br/comportamento/diferencas-intergeracionais-podem-trazer-beneficios-para-todas-as-idades/. Acesso em 7.fev.2023.



PROPOSTA DE REDAÇÃO: Redija um Artigo de Opinião sobre o tema: “Convívio intergeracional – idosos e crianças podem ocupar os mesmos espaços”. Escreva de 25 a 30 linhas.



O ARTIGO DE OPINIÃO (ou Artigo opinativo, ou, ainda, Texto de opinião), como o próprio nome adianta, é um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema polêmico. É um gênero textual que se apropria, predominantemente, do tipo dissertativo. Dá-se o nome de articulista àquele que escreve o Artigo. Inserido em grandes jornais e revistas, o Artigo é um serviço prestado ao leitor, com o objetivo de convencê-lo acerca não só da importância do tema ali enfrentado, como também da relevância do posicionamento do articulista. São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia – tudo baseado em informações factuais.

O Artigo, preferencialmente, é escrita na primeira pessoa do discurso, contém título e assinatura.

A estrutura do artigo de opinião, ainda que maleável, procura seguir:

. Introdução, com a apresentação do tema e da tese a ser defendida;

. Desenvolvimento, com as argumentações para a defesa da tese e

. Conclusão, com a reafirmação da tese e a provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias reflexões.

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