(Provérbio inglês, já prefigurado numa frase de
Teofrasto [372 a.C.-287 a.C.], filósofo da Grécia Antiga.)
(Paulo Rónai. Dicionário universal de citações,
1985.)
Texto 2
Lembra-te que tempo é dinheiro. Aquele que com o seu trabalho pode ganhar
dez xelins(1) ao dia e vagabundeia metade do dia, ou fica deitado em seu quarto,
não deve, mesmo que gaste apenas seis pence para se divertir, contabilizar só
essa despesa; na verdade, gastou, ou melhor, jogou fora cinco xelins a mais.
(Benjamin Franklin
[1706-1790]. Conselho a um jovem comerciante, 1748.
http://founders.archives.gov.)
(1) xelim: até 1971, quando ainda estava em vigor no
Reino Unido, um xelim equivalia a 12 pence.
(Djonga [1994- ]. “Hoje não”. Histórias da
minha área, 2020.)
Texto 5
Inventamos uma montanha de consumos supérfluos. Compramos e descartamos.
Mas o que estamos gastando é tempo de vida. Quando eu compro algo, ou você
compra algo, não compramos com dinheiro, compramos com o tempo de vida que
tivemos de gastar para ganhar aquele dinheiro. Com uma diferença: a única coisa
que não se pode comprar é a vida; a vida se gasta.
(José Mujica [1935- ]. Human [documentário de Yann
Arthus-Bertrand], 2015.)
Texto 6
Uma das coisas mais sinistras da história da civilização ocidental é o
famoso dito atribuído a Benjamin Franklin “Tempo é dinheiro”. Isso é uma
monstruosidade. Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida. É esse
minuto que está passando. Daqui a 10 minutos eu estou mais velho, daqui a 20
minutos eu estou mais próximo da morte. Portanto, eu tenho direito a esse
tempo, esse tempo pertence a meus afetos.
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos,
escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da
língua portuguesa, sobre o tema: Tempo é dinheiro?