. Se
for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o
aspecto da situação que você pretende abordar.
. Se
a estrutura do gênero exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura, JOSÉ
ou JOSEFA.
. Em
hipótese nenhuma escreva seu nome, nem pseudônimo, nem apelido.
. Utilize
trechos dos textos motivadores, parafraseando-os.
. Não
copie trechos dos textos motivadores.
Leia atentamente os textos a seguir.
Texto I
O mal do mundo de hoje, especialmente da sociedade brasileira, é o desencontro. Poucos se entendem. E muitos procuram explorar os outros. A vergonhosa chaga da corrupção, que é afronta a todos os cidadãos. Os recursos do país, desviados em proveito de poucos com o sacrifício do bem comum de uma população.
A fraternidade possui uma finalidade em si mesma, se é realmente o espaço em que se realiza um encontro de consciência e de culturas, uma partilha de interioridades e uma deliberação intersubjetiva em torno da vida que compartilhamos, e que por isso se torna “nossa” e não apenas “de cada um”. É na fraternidade, então, que se encontram o “tempo presente”, a condição humana que compartilhamos neste instante, o “tempo justo”, kairós em que a palavra que cada um sabe dizer ao outro e dele ouvir é a revelação do segredo cada um guardado pelo outro.
Zygmunt Bauman, sociólogo e filósofo polonês
Texto III
A cultura do encontro, tão necessária em nossos dias e tão minada na contemporaneidade, num sentido universal, é exigência do viver em sociedade. Ninguém é uma ilha. Em maior ou menor grau, com justiça ou injustamente, nós haveremos de nos relacionar uns com os outros. O contrário disso é o caos social. Só há sentido falar de sociedade pressupondo que os indivíduos se relacionem entre si. (...) As pessoas que vivem em lugares interioranos, onde a vida é acompanhada pelo rito do tempo que não “devora” seus filhos, ainda sabem experimentar bem o encontro com o outro. Encontram-se na capela para uma liturgia; encontram-se na praça para uma quermesse; encontram-se nos velórios e sepultamentos dos queridos e dos vizinhos; encontram-se nas casas (...) etc. E o encontro é marcado pelo reconhecimento; pelos olhos nos olhos; pela história que o outro carrega; pelo nome, que identifica e pessoaliza aquele com o qual se encontra. Tudo isso pode soar nostalgicamente a quem já experimentou a proximidade e o encontro com os outros, tantas vezes. E isso é sintoma de que o individualismo tem prevalecido, sequestrando o outro e tornando-o, cada vez mais, um anônimo. O anonimato é uma das formas mais cruéis de exclusão. E isso acabou se tornando um costume em grandes cidades (...). A velocidade da vida (...) Nas metrópoles (...) não há espaço para o reconhecimento e nem para o encontro.
Há algumas semanas era inevitável e extremamente comum encontrar com um amigo ou com um familiar e abraçar, apertar as mãos ou se beijar. Hoje, quando vemos uma cena dessas, ainda que seja pela televisão, já nos causa estranheza. O calor do brasileiro em cumprimentos afetuosos e trocas físicas já ficou para trás e historicamente estamos vivendo um novo momento. A era tecnológica, a qual já viemos experimentamos há alguns anos, marcará de vez uma nova maneira de nos relacionarmos.
Além das reverberações macroestruturais em termos econômicos, sociais e laborais, a COVID-19 também provocou e tem provocado mudanças nos padrões de funcionamento das famílias. A rotina foi drasticamente afetada, a rede de apoio social ficou fragilizada com o distanciamento imposto e o elevado número de óbitos reverberou de maneira intensa no processamento do luto pela perda de pessoas queridas. Todos esses fatores afetaram a saúde e a qualidade de vida da população (...). Todos esses impactos sociais, econômicos e emocionais apresentam-se às famílias como estressores, intensificando sua vulnerabilidade e demandando um processo de reorganização estrutural.
Suponha que você seja o
editor-chefe de uma revista de grande circulação nacional. Diante das matérias
divulgadas acerca da cultura do encontro, você decide escrever o EDITORIAL para uma tiragem especial, que explorará o seguinte tema: “A CULTURA DO ENCONTRO NO DESAFIADOR MOMENTO
EM QUE VIVEMOS”.