RELATO DE VIAGEM
NO RETORNO, HÁ UM PASSAGEIRO A MAIS!
ID: EZY

Foto: Raquel Freitas/G1. Disponível em: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/10/12/instituto-inhotim-um-dos-maiores-museus-a-ceu-aberto-do-mundo-completa-13-anos-em-brumadinho.ghtml
Leia o Relato de Viagem a seguir:
Inhotim
Recreação, Arte e História
Há tempos, queria passar as férias num lugar que, ao mesmo tempo, fosse recreio, arte e História do Brasil. Busquei no Google alguma dica de lugares com esse perfil, e descobri o Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, a seiscentos quilômetros de São Paulo – sem dúvida, era o melhor destino a uma professora de História e Literatura!
A rodovia Fernão Dias estava em manutenção. (...) Cheguei a Brumadinho, já passava da meia-noite. (...) Hospedei-me no Palace Hotel, bem próximo ao Inhotim. Na porta do hotel, havia a réplica de um Papai Noel, prestes a subir no trenó! (...) Mal podia esperar pelo dia seguinte (...). A paisagem que enfeita os quase oito mil metros quadrados do Instituto disputa lugar com espaços de arte moderna – aliás, o Inhotim é o maior museu a céu aberto do mundo. (...) O Inhotim dá emprego não só à população de Brumadinho, como também à do entorno (...).
Prolonguei minha estada no hotel, e fui conhecer o museu de Brumadinho, a cidadela de 35 mil habitantes (...), que começou a ser colonizada quando os "insubmissos" da Guerra dos Emboabas ali se arrancharam, fugindo da repressão dos intendentes da Coroa Portuguesa (...). O garimpo, ou melhor, a derrama (cobrança do quinto devido à Coroa), foi o estopim para a Inconfidência Mineira (...).
Trouxe de lá exemplares de begônias (...). A igreja da cidade, de arquitetura barroca (...).
Deixei Brumadinho no domingo de manhã, e então segui para a Serra da Moeda, em Belo Horizonte – o salto de parapente foi inevitável. (...) No retorno, já na Marginal do Tietê, o combustível acabou (...). Cheguei
em casa a tempo de participar na ceia de Natal.
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Como você pôde perceber, por meio do relato acima, a autora reconstitui uma viagem de férias. Há nesse fragmento elementos fundamentais a esse gênero textual, como:
. apresentação, ainda que superficial, da relatora (professora de História e Literatura);
. indicações: da época em que acontecem os fatos (dias antes do Natal);
. do trajeto (rodovia Fernão Dias);
. da distância (a 600 quilômetros de São Paulo);
. do horário da chegada (já passava da meia-noite);
. descrição do espaço, com contextualização histórica (cidadela de 35 mil habitantes; época da colonização; Inconfidência Mineira; arquitetura barroca);
. coisas/lembranças que trouxe do lugar (begônias);
. informação de que visitou outro ponto turístico, em outro lugar (Serra da Moeda; Belo Horizonte, salto de parapente); informação de que houve um imprevisto (combustível acabou); dia do retorno
(Natal).
Nota-se, ainda, que há organização temporal/cronológica. Escrito, geralmente, na 1ª pessoa do singular, o Relato de Viagem assemelha-se a um diário de bordo, e tem caráter propagandístico do lugar visitado. Os incidentes, ao longo da viagem, também são relatados.
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Disponível em: http://www.decorecomgigi.com/2013/03/viajar-pelo-mundo.html?m=1
CONTEXTUALIZAÇÃO E COMANDO: Imagine que você e sua família tenham
feito uma longa viagem (de ônibus ou de avião – escolha o lugar para onde
foram), e, durante o retorno, alguém percebe que há um passageiro a mais a
bordo. Utilizando-se de episódios descritivos e narrativos, faça um Relato de
Viagem, que aborde, inclusive, esse imprevisto.
Se você quiser, o “passageiro” pode
ser um cachorro ou qualquer outro animalzinho.
IMPORTANTE: o imprevisto deve ser
explorado; porém, não pode ser mais importante do que a viagem!
Escreva, aproximadamente, 25 linhas. Atribua
um título ao texto.