FESTA JUNINA
POEMA
ID: F4K
Você já sabe, mas não custa lembrar...
Jornalistas, historiadores, chargistas, escritores, poetas, muitas vezes, utilizam-se dos mesmos fatos sociais para a produção de textos.
Textos literários e Textos utilitários
Quem faz literatura não tem o compromisso nem com a verdade nem com a objetividade daquilo que escreve. Esse compromisso é, em especial, dos jornalistas, responsáveis por transmitir, legítima e objetivamente, os fatos, por meio das notícias, que são chamadas textos utilitários (ou não literários). Os textos utilitários cumprem a “função referencial da linguagem”. Poetas e escritores, os quais desenvolvem textos literários, têm a missão de arranjar a mensagem, a fim de que o leitor sinta prazer na leitura. É isso o que chamamos “função poética da linguagem”.
As figuras de linguagem são ferramentas dos poetas
As figuras de linguagem são recursos que valorizam, que enfeitam a produção textual – elas são frequentemente exploradas ao longo dos textos literários. Metáfora, comparação, personificação e sinestesia são as figuras de linguagem mais usuais. Busque na Gramática definição e exemplos de cada uma dessas figuras de linguagem.
Observe as sentenças abaixo, as quais têm a mesma informação:
1. O pato morreu.
A informação é objetiva, sem enfeites; é um texto utilitário; cumpre a função referencial da linguagem.
2. A ave, agonizando, deu o último suspiro.
A informação é valorizada pelo emprego de figuras de linguagem; é um texto literário; cumpre a função poética da linguagem. (Perceba que a mensagem, tocada a sentimento, é mais importante do que a informação.)
Como escrever um poema? É só rimar “coração” com “emoção”...
Muitos acreditam que, para escrever um poema, é preciso compor estrofes (agrupamento de versos), saber rimar (repetição de sons iguais ou parecidos ao final dos versos) e metrificar (compor, em cada verso, o mesmo número de sílabas poéticas). Será?
É possível escrever um poema em prosa, agrupando versos (um verso é uma linha do poema), formando as estrofes, sem a obrigação de rimar nem metrificar. O poema em prosa é solto (ou livre). Qualquer poema pode ser escrito a partir de sentimentos (amor, angústia, medo, prazer etc.), objetos físicos (guarda-chuva, violão, gato etc.), abstrações (sombra, eco, vazio etc.) ou sociais (festa, guerra, meio ambiente, desigualdade etc.). Os poemas, frequentemente, levam título.

Cândido
Portinari – 1957 – Noite de São João
Disponível
em:
https://2.bp.blogspot.com/-3nrIfLexzCM/V2a05lgRe9I/AAAAAAAAi-4/f9K9wRXSVaIPExOWhk-mhezrJV3u3N7YwCLcB/s1600/1-aula-portinari-41-728.jpg
LEITURA:
COMO
SURGIRAM AS FESTAS JUNINAS?
A
origem dos festejos juninos no Brasil une jesuítas portugueses, costumes
indígenas e caipiras, celebrando santos católicos e pratos com alimentos
nativos
As festas juninas homenageiam três santos católicos: Santo
Antônio (13/6), São João Batista (24/6) e São Pedro (29/6). No entanto, a
origem das comemorações nessa época do ano é anterior à era cristã. (...) Vários
povos da antiguidade aproveitavam o mês de junho para organizar rituais em que
pediam fartura nas colheitas. (...) Como a igreja não conseguia combatê-los,
decidiu cristianizá-los, instituindo dias de homenagens aos três santos do
mesmo mês, diz a antropóloga Lúcia Helena Rangel (...).
O curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da
chegada dos portugueses também faziam rituais importantes em junho. Eles tinham
várias celebrações ligadas à agricultura, com cantos, danças e muita comida. Com
a chegada dos jesuítas portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso
dos festejos juninos se fundiram. É por isso que as festas tanto celebram
santos católicos quanto oferecem uma variedade de pratos feitos com alimentos
típicos dos nativos. Já a valorização da vida caipira nessas comemorações
reflete a organização da sociedade brasileira até meados do século 20, quando
70% da população vivia no campo.
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-surgiram-as-festas-juninas/,
adaptado
CONTEXTUALIZAÇÃO
E COMANDO: Imagine que você tenha visitado recentemente uma aldeia indígena.
Imagine, ainda, que o cacique tenha apresentado a você toda a comunidade, os
rituais, a comida etc. Era o mês de junho. Naquela tarde, para sua surpresa, a
comunidade estava em festa... junina! Antes de você ir embora, o cacique contou
a você a origem dessas festas. Ao chegar em casa, rapidamente, você registrou,
em versos, suas percepções sobre tudo o que aconteceu naquela tarde.
Escreva
de 15 a 20 versos (rimados/metrificados ou não). Atribua um título ao poema. Não
economize criatividade nem... sensibilidade!