Não
custa lembrar: a palavra “charge” é de origem francesa, e significa “carga”, ou
seja, traços carregados ou caricaturais de situações cotidianas atuais, de
grande repercussão, a fim de torná-las mais graves, extravagantes, irracionais.
Crítica, ironia e bom humor são elementos essenciais às charges, além das
construções intencionalmente ambíguas, metafóricas e trocadilhescas, com a
finalidade de protestar/desconstruir narrativas/situações com as quais o
chargista não concorda. Por meio de imagens (personagens e/ou coisas) e balões
(texto de vocabulário simples), a charge é um texto de caráter opinativo, veiculada
em jornais e revistas – impressos ou virtuais.
COMO FAZER UMA CHARGE?
1. Escolha uma situação polêmica e atual que você pretenda criticar – por exemplo: rodovias esburacadas, alimento com validade vencida na prateleira de supermercados etc.
2. Pense, exatamente, em como “exagerar” no aspecto inconveniente/contrastante dessa situação, e use texto não verbal (desenho de personagens e/ou coisas) e, se for o caso, texto verbal (poucas falas das personagens que vivem a situação), para desenvolver a crítica.
Veja um exemplo de
charge:
Charge do Cazo. Disponível em: https://www.humorpolitico.com.br/page/3/?s=carne
Perceba que o chargista Luiz Fernando Cazo, por meio do humor
refinado (e não apenas cômico), utilizou e explorou um fato extraído do
cotidiano brasileiro (aumento do preço da carne), ampliou a situação (pai de
família chora diante do pedaço de carne) e terminou com um raciocínio lógico e
crítico (personificação, com a despedida do bife).
PROPOSTA
DE REDAÇÃO: O fragmento abaixo é a base para a charge que você deverá
desenvolver:
"Desemprego cai para 11,8% em julho, mas ainda atinge 12,6 milhões de brasileiros."