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UPF 2021 - CRISE DO CLIMA

UPF - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

CRISE DO CLIMA

UPF – 2021 – TEMA 2

ID: HZL




Orientações:

. Evite rasurar o texto definitivo – a folha de redação é única e não será substituída.

. Redija o texto definitivo a caneta.

. Não escreva seu nome no texto definitivo, nem o assine.

. Faça o rascunho de sua redação, a qual deve ter de 20 a 35 linhas.


A redação será anulada se:

. fugir do tema ou da delimitação proposta;

. for ilegível;

. não atender aos critérios de textualidade, sendo considerada um não texto;

. contiver, com exceção do número de inscrição já impresso na folha definitiva, outros elementos que identifiquem o candidato;

. for escrita em língua estrangeira.



Cúpula morna

Reunião sobre o clima gera promessas por ora; a brasileira merece pouco crédito

24 de abril 2021


A reunião de cúpula pedida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não seria mesmo capaz de mudar o eixo da Terra na questão da emergência climática. Trouxe alguns avanços em promessas, verdade, e pouco de concreto; ao menos não caminhou para trás.


O objetivo dos EUA era reconquistar liderança no processo. Biden tenta sacudir a modorra em torno do Acordo de Paris (2015) para limitar emissões de carbono e preservar chances de cumprir a meta de não superar 1,5ºC a 2ºC de aquecimento da atmosfera em relação ao período pré-industrial.


A temperatura média do planeta já subiu 1ºC, e na trajetória atual ultrapassará 3ºC até o fim do século, com consequências desastrosas para as populações pobres, o ambiente e a economia mundial. Estima-se que reverter esse quadro e ficar no limite inferior (1,5ºC) implique eliminar emissões até 2050 ou, de preferência, 2040.


Os EUA, que haviam renegado Paris com Donald Trump, ora se comprometem a neutralizar em 2050 o carbono que emitem, 12% do total mundial. Mais ainda, Biden dobrou a meta de redução até 2030 adotada, em 2015, por Barack Obama.


Sucessivas reviravoltas da diplomacia americana, com a alternância de governos republicanos e democratas, inspiram ceticismo. Há, de todo modo, motivos para crer em progresso no país que mais contribuiu, historicamente, para o aquecimento global.


O desafio vem da Ásia. A China, que hoje emite um quarto do carbono planetário, tomou a dianteira no fornecimento de tecnologias verdes e não antagoniza mais os EUA na negociação climática. Na cúpula, prometeu limitar a alta no consumo de carvão mineral até 2025 e reduzi-lo até 2030.


A Índia, responsável por 6,7% das emissões globais, logo atrás da União Europeia (7,5%), caminha a passos largos em energias renováveis, como a solar. Anunciou parceria estratégica com os americanos para tecnologias e financiamento de descarbonização.


Até o presidente Jair Bolsonaro, negacionista contumaz da crise climática, sentiu-se pressionado. Retomou a promessa de zerar o desmatamento ilegal até 2030; só incautos acreditaram. Por aqui, a área segue ameaçada por incerteza orçamentária e, principalmente, aviltamento deliberado da gestão.


Boas ou más intenções à parte, a crise do clima permanece longe de contornada. Uma coisa são compromissos; outra, seu cumprimento. A Agência Internacional de Energia prevê que emissões de carbono subirão 5% em 2021, ao invés de recuar, em plena pandemia.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/04/cupula-morna.shtml

Acesso em 30 de abril 2021.



COMANDO: Considerando as informações do texto acima e suas leituras acerca da reunião da Cúpula do Clima, realizada em 22 e 23 de abril de 2021, escreva um texto dissertativo-argumentativo, discutindo a afirmação do texto: “Boas ou más intenções à parte, a crise do clima permanece longe de contornada”.

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