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UPF 2020 - AMAZÔNIA

UPF - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

AMAZÔNIA

UPF – 2020 – TEMA 2

ID: HZJ




Orientações:

. Evite rasurar o texto definitivo – a folha de redação é única e não será substituída.

. Redija o texto definitivo a caneta.

. Não escreva seu nome no texto definitivo, nem o assine.

. Faça o rascunho de sua redação, a qual deve ter de 20 a 35 linhas.


A redação será anulada se:

. fugir do tema ou da delimitação proposta;

. for ilegível;

. não atender aos critérios de textualidade, sendo considerada um não texto;

. contiver, com exceção do número de inscrição já impresso na folha definitiva, outros elementos que identifiquem o candidato;

. for escrita em língua estrangeira


Desmatamento na Amazônia é 'perda irreparável',

diz especialista em recuperação ambiental

Laís Alegretti - @laisalegretti / da BBC News Brasil em Londres/ 21 agosto 2019


É possível recuperar áreas desmatadas da Amazônia?

Na hipótese mais otimista, sim, mas seriam necessários, no mínimo, 20 anos. No pior – e mais comum – dos cenários, no entanto, a floresta destruída nunca voltará a ser o que era antes, segundo Jerônimo Sansevero, professor do Departamento de Ciências Ambientais do Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

"Estamos tendo uma perda irreparável. Nunca tivemos uma perda tão alta nas últimas três décadas", afirmou.

A Amazônia brasileira perdeu mais de uma Alemanha em área de floresta entre 2000 e 2017. São cerca de 400 mil km2 a menos de área verde, de acordo com estudo de uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oklahoma publicado na revista científica Nature Sustainability.

O resultado é mais que o dobro da área de 180 mil km2 registrada no mesmo período pelo sistema de monitoramento de desmatamento anual adotado pelo Inpe.

Especialista em restauração ambiental, Sansevero explica que a chance de recuperação da área desmatada depende, primeiro, do tamanho do impacto causado na vegetação original.

E compara à superação de um trauma para o ser humano. "Alguns traumas a gente consegue superar, mas outros têm um impacto tão grande que você não consegue voltar ao que era antes."

Nas áreas em que o solo foi afetado de forma muito forte – com mineração, por exemplo –, dificilmente haverá a recomposição da vegetação original, segundo ele. Em locais onde houve uma agricultura de baixo impacto – sem uso de queimadas e de máquinas –, as chances de recuperação são maiores.


Incerteza climática não ajuda

Os especialistas usam o termo "resiliência" para descrever essa capacidade de recuperação. E Sansevero diz que, infelizmente, é a "menor parte" das áreas destruídas que tem esse potencial de retomar as condições anteriores.

"Estamos falando de uma menor parte que conseguiria se recuperar em 20 anos. As outras áreas já perderam essa capacidade porque já têm desmatamento em larga escala."

Um fator fundamental para a recuperação é a proximidade a uma área de floresta, que serve como fonte de sementes e frutos que podem dar origem a novas plantas na área destruída.

Outra questão importante é o clima. Segundo Sansevero, áreas naturalmente mais secas têm menor capacidade de recuperação.

"Ou seja, se a gente considera o cenário de incerteza do que vai ocorrer com clima, isso também gera incerteza do que vai acontecer com esse potencial de recuperação. À medida que o clima passa a ficar mais seco, vamos perder essa resiliência." (...)

(Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49426494. Adaptado.)



COMANDO: Considerando a reflexão proposta no texto acima e suas leituras acerca do assunto que envolve as queimadas na Floresta Amazônica, escreva um texto dissertativo-argumentativo discutindo a relação entre a sustentabilidade ambiental e os interesses econômicos mais imediatos no cenário da Floresta Amazônica.

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