TEXTO REIVINDICATÓRIO, como o próprio nome adianta, é aquele em que o autor, em nome próprio ou em nome de uma coletividade de pessoas, apresenta, geralmente a uma autoridade, uma situação-problema, para que, considerada a validade dos argumentos que sustentam a reivindicação, sejam tomadas as devidas providências.
REIVINDICAR significa exigir algo a que se tem direito.
IMPORTANTE: atenção à ortografia: REIVINDICAR (e não REINVINDICAR)!
Os motivos que levam à composição de um texto reivindicatório são os mais diversos. No caso de reivindicações de caráter particular: pedir a intervenção da Secretaria de Educação para a matrícula escolar de uma criança com deficiência; pedir a intervenção do sindicato em favor de professor que está sendo alvo de racismo institucional etc.
No caso de reivindicações de caráter coletivo: pedir o asfaltamento de uma rua; manifestar-se a respeito da reforma de uma praça; pedir a remoção de lixo de um terreno baldio; pedir a intensificação do policiamento de um bairro etc.
Carta aberta, Carta de reclamação, Carta de solicitação, Abaixo-assinado e Manifesto são exemplos de textos reivindicatórios. Entretanto, para que se configure um texto dessa natureza, não é preciso seguir esses modelos mais estáveis.
Não há uma estrutura fixa a ser adotada para escrever um texto reivindicatório. Há, sim, elementos essenciais, como destinatário, assunto e reivindicação.
Que tal adotar a sugestão abaixo?
. Título: REIVINDICAÇÃO (letras maiúsculas);
. Subtítulo: destinatário (por ex.: Ao Departamento de obras de Montes Claros).
. Corpo do texto: apresentação do fato que motivou a reivindicação; opinião do autor/da coletividade (por ex.: A comunidade está sendo prejudicada por...); argumentação – consequências, prejuízos enfrentados em razão do problema (por ex.: ... as ruas esburacadas têm provocado...; os impostos pagos pela comunidade devem ser destinados a...); reivindicação - sugestão para solução do problema: (A comunidade reivindica...);
. Despedida (Atenciosamente, ...);
. Local e data;
. Assinatura.
Leituras:
Confusão,
estresse, barulho, poluição, semáforos e horas ociosas dentro do carro – essa é
a jornada diária que os moradores das metrópoles brasileiras enfrentam nos
congestionamentos. Como chegar ao local de destino é uma árdua tarefa, cada vez
mais indivíduos valorizam o conforto de seu próprio meio de locomoção.
Conclusão: mais automóveis nas ruas, maiores engarrafamentos. Diante dessa
situação, um estudo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
(Poli/USP) analisou a reação de usuários de automóveis às políticas públicas
para reduzir a demanda por transporte individual. A pesquisa, desenvolvida pelo
economista Luís Alberto Noriega, revelou que os motoristas da capital paulista
só deixariam de usar seus carros se sofressem pressões econômicas, como pedágio
urbano ou multas. (...)
O estudo também
constatou que esses indivíduos não querem perder o suposto conforto que um
carro pode oferecer (rádio, ar condicionado, economia de tempo, flexibilidade
de horários e rotas). “Ao ter-se transformado num ideal, a necessidade de
possuir um automóvel é mais relevante do que a preocupação com questões
ambientais ou o custo causado pelos engarrafamentos”, explica Noriega. “As pessoas
aceitam o tempo perdido no trânsito como parte da viagem.”
OEHLECKE,
Renata. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/acervo/nao-abro-mao-do-meu-carro-2/.
Adaptado. Acesso em 21.ago.2023.
COMANDO: A partir das situações
abordadas nos textos acima, escreva um TEXTO REIVINDICATÓRIO endereçado à
Secretaria Municipal de Defesa e Trânsito, a fim de que seja destacado um engenheiro
de tráfego para a realização uma palestra, no dia 22 de setembro (Dia Mundial
Sem Carro), cujo público participante é a comunidade (alunos, famílias,
colaboradores etc.) do Colégio Machado de Assis, sobre o tema: “Trânsito urbano
sustentável – questão de cidadania”.