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MODELO ENEM - PESSOAS COM HIV/AIDS

ENEM

ESTIGMA A PESSOAS COM HIV/AIDS

MODELO ENEM

ID: GVS



Texto I

O surgimento da Aids foi um fenômeno social e histórico, o qual trouxe diversas dúvidas, mobilizando sentimentos e preconceitos que influenciaram o imaginário social, nascendo assim concepções negativas acerca da doença que a estigmatizaram, o que pode afetar a qualidade de vida dos infectados pelo vírus HIV. A revelação da soropositividade é um evento crucial tanto na vida do portador, quanto na vida família e dos amigos. A percepção negativa, a discriminação e a falta de conhecimento semeiam o sofrimento. O medo do abandono e de julgamento, a revelação da identidade social, a quebra no padrão de vida, a ‘culpabilização’ individual por ter se infectado, a impotência diante da nova realidade, o isolamento, a não-adesão ao tratamento, a revolta e o consumo exagerado de bebida alcoólica são alguns dos aspectos relacionados a uma doença estigmatizada, oriunda de concepções de uma sociedade preconceituosa. A estigmatização social causa, entre vários aspectos, impactos na saúde física e mental dos portadores de HIV/Aids, uma vez que o estresse tende a baixar a imunidade, tornando o indivíduo mais sujeito à infecção pelo vírus e ao aparecimento de doenças oportunistas. Portanto, percebe-se que a saúde coletiva desempenha um papel fundamental no cuidar desse cliente, desenvolvendo ações que objetivam a quebra do estigma social, orientando sobre a doença e o tratamento, explicando o aumento da sobrevida e oferecendo uma assistência de qualidade ao indivíduo como um todo, respeitando a sua singularidade numa dimensão biopsicossocial-cultural.

Simone Mendes Carvalho e Graciele Oroski Paes

Fonte:

http://www.cadernos.iesc.ufrj.br/cadernos/images/csc/2011_2/artigos/csc_v19n2_157-163.pdf#:~:text=estigmatiza%C3%A7%C3%A3o%20social%20causa%2C%20entre%20v%C3%A1rios%20aspectos%2C%20im-pactos%20na,pelo%20v%C3%ADrus%20e%20ao%20apareci-mento%20de%20doen%C3%A7as%20oportunistas2.

Adaptado.

Acesso em 6.jul.2022.



Texto II

A maioria das pessoas que vivem com HIV e das pessoas que vivem com Aids no Brasil já passou por pelo menos alguma situação de discriminação ao longo de suas vidas. É o que indica um estudo feito com 1.784 pessoas, em sete capitais brasileiras, entre abril e agosto de 2019. Os dados fazem parte do Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV/Aids – Brasil, realizado pela primeira vez no país. De acordo com a pesquisa, 64,1% das pessoas entrevistadas já́ sofreram alguma forma de estigma ou discriminação pelo fato de viverem com HIV ou com Aids. Comentários discriminatórios ou especulativos já afetaram 46,3% delas, enquanto 41% do grupo diz ter sido alvo de comentários feitos por membros da própria família. O levantamento também evidencia que muitas destas pessoas já passaram por outras situações de discriminação, incluindo assédio verbal (25,3%), perda de fonte de renda ou emprego (19,6%) e até mesmo agressões físicas (6,0%). (...) “O Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids) tem destacado, a partir de estudos em todo o mundo, que o estigma e a discriminação estão entre as principais barreiras para o acesso a serviços de prevenção e testagem para o HIV. Em relação às pessoas vivendo com HIV/AIDS, a discriminação tem se demonstrado como um dos grandes obstáculos para o início e adesão ao tratamento, além de ter um impacto negativo nas relações sociais nos âmbitos familiar, comunitário, profissional, entre outros”, destacou Cleiton Euzébio de Lima, diretor interino do Unaids no Brasil. “Os dados desse estudo trazem um retrato importante e preocupante das situações de discriminação cotidianas a que estão expostas as pessoas que vivem com HIV/Aids no Brasil.”

Disponível em: https://unaids.org.br/2019/12/estudo-revela-como-o-estigma-e-a-discriminacao-impactam-pessoas-vivendo-com-hiv-e-aids-no-brasil/ Acesso em 6.jul.2022.



Texto III



https://sindsaude.org.br/noticias/sindsaude-df/maior-adversario-no-tratamento-do-hiv-aids-ainda-e-o-preconceito/. Acesso em 6.jul.2022.



PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Caminhos para combater o estigma social às pessoas com HIV/Aids”. Apresente, ao final, uma proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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