Definem a insônia: a dificuldade de
iniciar o sono e mantê-lo de modo contínuo durante a noite ou o ato de
despertar antes do horário desejado. A condição pode estar relacionada a
diversos fatores, como expectativas, problemas clínicos ou emocionais, excitação
associada a determinados eventos etc. A privação de sono pode indicar
alterações na saúde física ou mental. Enquanto sintoma, a insônia pode estar
associada a questões psiquiátricas, como transtornos de humor, de ansiedade ou
de personalidade. Em quadros mais severos, pode ocorrer em torno de três vezes
por semana e persistir por três meses ou mais, o que pode implicar em riscos
para o desenvolvimento de outras doenças, como a hipertensão arterial e
diabetes, além do ganho de peso. Ainda segundo a ABS, fatores como idade, sexo
e condição socioeconômica são determinantes na identificação da população que
sofre com a insônia. O problema é mais comum entre as mulheres e idosos, além
do que a insônia é prevalente na
população de menor poder socioeconômico, entre desempregados e aposentados.
A insônia,
frequentemente subestimada, está emergindo como uma nova epidemia. No contexto
atual, marcado por um fluxo constante de estímulos digitais e pressões sociais,
essa perturbação tem despertado a atenção de médicos e de terapeutas do sono.
Estudos realizados pela National Sleep Foundation, em Arlington, EUA, revelam
que a privação crônica de sono pode comprometer não apenas a saúde física, como
também o desempenho acadêmico e profissional. A exposição excessiva às telas e
a sobrecarga de atividades têm contribuído para noites mal dormidas, o que
ressalta a necessidade da divulgação orientações médicas que priorizem o
bem-estar e o equilíbrio entre estudo e descanso. Conscientizar sobre a
importância de uma boa higiene do sono é fundamental para combater essa
tendência alarmante e garantir uma geração mais saudável e produtiva – a higiene
do sono é uma intervenção psicoeducacional que reeduca comportamentos, rotinas
e condições ambientais, para uma melhor qualidade e duração do sono.
Gislaine Buosi, educadora.
Texto IV
A insônia é um
distúrbio do sono que afeta mais de um terço dos adultos em algum momento de
suas vidas. Ela pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo
estresse, ansiedade, depressão, condições médicas subjacentes e hábitos de sono
inadequados. O tratamento farmacológico é uma opção comum, e o zolpidem é um
dos medicamentos mais prescritos para a insônia. (...) Embora esse medicamento
possa ser eficaz no tratamento da insônia, ele também pode levar à dependência
química e psicológica, se não for usado corretamente. A dependência deste
hipnótico pode ocorrer quando a medicação é usada por longos períodos de tempo
ou em doses mais altas do que as prescritas pelo médico. Os sintomas de
dependência incluem dificuldade em dormir sem a medicação, ansiedade e
comportamento alterado.
OLIVEIRA, Daniel Barros e outros. Disponível em: https://revistaft.com.br/riscos-do-uso-cronico-e-indiscriminado-de-zolpidemuma-revisao-de-literatura/.
Adaptado. Acesso em 25.set.2024.
PROPOSTA
DE REDAÇÃO: A partir da leitura dos textos motivadores
seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa
sobre o tema: “A epidemia da insônia e a medicalização do sono”.
Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.