O termo “literacia
familiar” vem do inglês “literacy at home”. Em tradução literal, a expressão significa
“estudar ou aprender em casa”, sem que isso sugira que pais deverão substituir
os professores e ensinar as crianças em casa – muito pelo contrário: literacia
familiar são conversas, contação de histórias, estímulos à leitura e à escrita
e brincadeiras que ajudam as crianças a terem um desenvolvimento cognitivo
muito mais amplo. Além disso, a prática também é uma forma de estreitar laços
afetivos entre pais e filhos. (...) Esses pequenos hábitos são importantes para
as crianças, uma vez que ajudam na ampliação vocabular, além de despertar-lhes
o interesse pela leitura e pela escrita. No Brasil, a PNA (Política Nacional de
Alfabetização) em conjunto com o MEC (Ministério da Educação) são os grandes
responsáveis pela prática da literacia familiar, por meio do programa Conta Pra Mim. O principal objetivo do programa é fazer com que a família execute
com a criança atividades que possam estimular o seu desenvolvimento e
aprendizado. O programa desenvolve ações por meio de materiais impressos e audiovisuais,
a fim de guiar os pais nesse processo. (...) De acordo com o MEC, não é preciso
investir em materiais e estruturas caras, nem ter muito estudo ou formação específica
para que a literacia familiar possa ser executada no dia a dia.
BACK, Jefferson. Disponível em: https://blog.brandili.com.br/literacia-familiar-o-que-e-e-como-criar-o-habito-da-leitura/.
Adaptado para fins didáticos. Acesso 18.out.2022.
Texto II
O que as evidências
apontam sobre a literacia familiar?
Achados científicos
já chancelados mundo afora apontam que a influência da família no
desenvolvimento da linguagem dos filhos, principalmente entre 0 e 6 anos de
idade, é decisiva para o desempenho escolar e social das crianças. (...) Uma
das práticas de literacia, a interação verbal, visa justamente combater uma
conjuntura evidenciada pelo estudo Meaningful differences in the everyday
experience of youg American children (Contrastes significativos na experiência
cotidiana de crianças norte-americanas, em tradução livre). Entre
outras coisas, a pesquisa diagnosticou o chamado "abismo de 30 milhões de
palavras" – quando comparadas com crianças de famílias de classe média
alta, crianças de famílias pobres, pelo menos até os 4 anos de idade, são
submetidas a 30 milhões de palavras a menos durante seu desenvolvimento, no âmbito
familiar, o que provoca impactos significativos na aprendizagem dos filhos.
Mais tarde, eles tendem a ter dificuldades para não só consolidar a
alfabetização como também prosperar no ensino. "As crianças
não alfabetizadas, ou alfabetizadas precariamente, apresentam dificuldades de
compreensão, o que as afasta dos livros. Consequentemente, aprendem menos, não
exercitam as habilidades de leitura e perdem o interesse pela escola,
comprometendo o sucesso delas na vida adulta", explica às famílias o Guia
de Literacia Familiar.
BARONE, Isabelle. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/como-o-investimento-do-mec-em-literacia-familiar-pode-mudar-o-futuro-de-familias-pobres/.
Adaptado para fins didáticos. Acesso em 18.out.2022.
Texto III
Segundo a pedagoga
Cláudia Onofre, a criança que traz o hábito da leitura de casa é mais
participativa, tem empatia, imaginação fértil e facilidade em partilhar
objetos, espaço e conhecimento. “A criança que não teve a mesma vivência pode
ter mais dificuldade em se expor, e apresentar um comportamento mais tímido. O
hábito da leitura é encorajador, tem o poder de abrir horizontes e levar as
crianças a desbravarem o mundo.”, explica.
Disponível em:
https://www.dentrodahistoria.com.br/blog/educacao/alfabetizacao-e-leitura/a-importancia-da-leitura-em-casa/#:~:text=O%20ambiente%20familiar%20e%20as%20experi%C3%AAncias%20que%20a,contribuindo%20para%20a%20aprendizagem%20ao%20longo%20da%20vida.
Adaptado para fins didáticos. Acesso em 18.dez.2022.
Texto IV
Disponível em: https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/brasil-oitavo-pais-adultos-analfabetos2.gif.
Acesso em 18.out.2022.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
“Literacia familiar – a importância da participação ativa dos pais na formação socioeducacional
dos filhos”. Apresente a proposta de intervenção social que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.