Biblioteca ou sala de leitura estão presentes em
86,9% das escolas estaduais e em 90,8% das escolas privadas. (...) Com relação
à acessibilidade, apenas 62,9% das escolas estaduais dessa etapa de ensino têm
banheiros adequados para alunos com deficiência ou mobilidade reduzida. Na rede
privada, o percentual chega a 71,8%. Um percentual similar de escolas declarou
ter algum recurso de acessibilidade (corrimão, elevador, pisos táteis, vão livre,
rampas, salas acessíveis, sinalização sonora, tátil ou visual) nas vias de
circulação internas das escolas de ensino médio.
A escola inclusiva é aquela
que abre espaço para todas as crianças, incluindo as que apresentam
necessidades especiais. As crianças com deficiência têm direito à Educação em
escola regular. (...) Garantir que o processo de inclusão flua da melhor
maneira é responsabilidade da equipe diretiva (...) e para isso é importante
que tenham conhecimento e condições para aplicá-lo no dia a dia da escola. O
princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação, independentemente
das diferenças individuais – inspirada nos princípios da Declaração de Salamanca
(Unesco, 1994). Está presente na Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008. Os gestores devem saber o que diz a
Constituição, mas principalmente conhecer o Plano Nacional de Educação (PNE),
que estabelece a obrigatoriedade de pessoas com deficiência e com qualquer
necessidade especial de frequentar ambientes educacionais inclusivos. “Por ser
inovador e diferente em sua concepção da Educação Especial, o Atendimento
Educacional Especializado (AEE) tem sido motivo de dúvidas e interpretações”,
afirma Maria Teresa Eglés Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e
Pesquisas em Ensino e Diferença (Leped), na Universidade Estadual de Campinas
Unicamp). Segundo ela, com a compreensão correta do que é o AEEE e o entendimento
dos demais documentos, o gestor tem à sua disposição toda informação necessária
para fazer o devido acolhimento ao aluno com deficiência. “O que não se pode
fazer é basear esse acolhimento nos conhecimentos anteriores sobre Educação
Especial”, diz ela. “Porque aí é como tirar uns óculos e colocar outros. É
preciso ler com rigor e responsabilidade, ou seja, trocar de óculos”. A
educadora reforça que “ninguém pode tirar o direito à educação do aluno”. E
lamenta que na leitura feita dos documentos de inclusão, muitas vezes a
interpretação dada para o termo “adaptações razoáveis” seja entendida como
adaptações curriculares. “O documento fala em adaptações no meio físico, na
comunicação, na forma de realizar as provas, por exemplo. Se um aluno tem
deficiência física ou auditiva, ele pode precisar de um recurso, como uma
carteira adaptada ou uma avaliação em braile. Mas não deve ser confundida com
adaptação curricular”, diz. (...) A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de
todas as escolas em aceitar matrículas de alunos com deficiência – e transforma
em crime a recusa a esse direito. Aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, a
lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação. (...) Todas as
crianças são capazes de aprender: esse processo é individual e o professor deve
estar atento para as necessidades dos alunos. Crianças com deficiência visual e
auditiva desenvolvem a linguagem e pensamento conceitual.
Educação inclusiva significa um conjunto de alunos com diferentes
origens, habilidades e necessidades, aprendendo lado a lado, na mesma sala de
aula, com a valorização das diferenças e o respeito às faixas etárias, de modo
a criar um ambiente educacional que priorize o respeito, aceitação e a
solidariedade entre os educandos. Dessa forma, estudantes com ou sem
deficiências podem interagir entre si, participar das aulas e cada um
contribuir de forma única para o enriquecimento do aprendizado de todos.
Qual a diferença entre educação inclusiva e educação especial?
A Educação especial é a área da educação especializada no atendimento e
ensino de pessoas com algum tipo de deficiência, podendo ser alunos com
deficiência visual, auditiva, mental, física ou múltipla. A educação especial
se dá em ambientes específicos, separados de classes convencionais ou comuns,
com professores especializados no atendimento a deficientes. No caso da
educação inclusiva, não há essa separação entre os estudantes: todos, sejam
deficientes ou sem deficiência, aprendem juntos, num ambiente comum de sala de
aula.
Qual a importância da educação inclusiva nas escolas?
Tendo em vista que os anos na escola fazem parte da formação não apenas
acadêmica, mas também do caráter dos indivíduos, uma educação inclusiva é essencial
para que, desde a infância, os estudantes aprendam a conhecer, a interagir, a
compreender, a reconhecer e a valorizar a diversidade do ser humano. (...) A educação
inclusiva vai refletir na vida adulta, para além das escolas, e na gradativa
mudança de culturas sociais estereotipadas para com os deficientes ou diferentes.
https://www.primecursos.com.br/educacao-inclusiva/?msclkid=1fc582b53ee814f2873de047f07c69f8&utm_source=bing&utm_medium=cpc&utm_campaign=Categorias%20-%20kw%20-%20Educa%C3%A7%C3%A3o&utm_term=educa%C3%A7%C3%A3o%20inclusiva&utm_content=Educa%C3%A7%C3%A3o%20Inclusiva.
Adaptado. Acesso em 9.ago.2022.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
“Caminhos para a educação inclusiva de cegos no Brasil”. Apresente a proposta
de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.