Em 2024, mais de 1
milhão de crianças do Brasil tiveram os estudos interrompidos por eventos
extremos, segundo um relatório do Unicef. Ainda de acordo com o documento, pelo
menos 242 milhões de estudantes de 85 países tiveram a vida escolar afetada
pela crise do clima no ano passado, o mais quente já registrado na história da
humanidade. Os impactos da crise climática na educação também foram medidos em
uma pesquisa recente. O Equidade Info, iniciativa da Universidade de Stanford,
mostrou que 77% das escolas não têm um plano de emergência em caso de desastre
natural. Apontou também que 7 em cada 10 professores dizem não seguir um
currículo específico sobre mudanças climáticas e sustentabilidade nas escolas
em que lecionam.
O relatório Learning Interrupted: Global
Snapshot of Climate-Related School Disruptions in 2024 ("Aprendizado
Interrompido: Panorama Global das Interrupções Escolares Devido ao Clima em
2024", em tradução livre) apontou que as ondas de calor foram os
principais eventos responsáveis pelo fechamento de escolas ou interrupção de
aulas - desde a pré-escola até o ensino médio. O dado coincide com o fato de
2024 ter sido o ano mais quente da história. Segundo o Copernicus, o Programa
de Observação da Terra da União Europeia, o ano passado registrou pela primeira
vez períodos com a temperatura global 1,5ºC acima dos níveis do período
pré-industrial. A diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, afirmou que
"crianças são mais vulneráveis aos impactos das crises climáticas, como
ondas de calor, tempestades, secas e inundações mais fortes e mais frequentes.
Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/noticias/deutsche-welle/2025/01/24/clima-extremo-afastou-242-milhoes-das-escolas-em-2024-diz-unicef.htm.
Acesso em 26 ago.2025. Adaptado.