Histórico de Censo Demográfico: A primeira
contagem da população brasileira foi realizada em 1872, ainda durante o
Império, mas foi a partir de 1890, já sob a República, que os censos se
tornaram decenais. Não só o governo federal, mas também a sociedade civil se
beneficia de informações do censo. A descentralização político-administrativa
reinstaurada com a Constituição de 1988 aumentou enormemente a demanda por
informações mais desagregadas. Prefeitos, governadores, órgãos municipais e
estaduais de planejamento, investidos de maior autonomia e de novas
responsabilidades, dependem hoje do censo demográfico para realizarem suas
escolhas, com base em informações atualizadas sobre a população.
Objetivo: Contar os habitantes do território
nacional, identificar suas características e revelar como vivem os brasileiros,
produzindo informações imprescindíveis para a definição de políticas públicas e
a tomada de decisões de investimentos da iniciativa privada ou de qualquer
nível de governo. É a única fonte de referência sobre a situação de vida da
população nos municípios e em seus recortes internos, como distritos, bairros e
localidades, rurais ou urbanas, cujas realidades dependem de seus resultados
para serem conhecidas e terem seus dados atualizados.
Adaptado para fins didáticos. Acesso em 9.nov.2022.
Texto II
Questionário básico do Censo 2022
No questionário básico existem 26 perguntas.
Veja os principais temas abordados:
. Identificação da moradia: onde ela fica e o
tipo dela.
. Características da moradia: entender se a
casa tem acesso a serviços públicos como água, esgoto, luz, coleta de lixo etc.
. Identificação dos moradores: quantas
pessoas moram na casa, se existem crianças, gênero, idade, relação de
parentesco.
. Identificação étnico-racial: qual
raça-etnia os moradores da casa se identificam.
. Educação: conhecer a escolaridade das
pessoas.
. Trabalho e rendimento: assim, é possível
saber quanto ganham os brasileiros e suas condições de trabalho.
Sou obrigado a responder o censo?
Sim. Segundo a Lei nº 5.534, de 14 de
novembro de 1968, “toda pessoa natural ou jurídica de direito público ou de
direito privado que esteja sob a jurisdição da lei brasileira é obrigada a prestar
as informações solicitadas pela Fundação IBGE para a execução do Plano Nacional
de Estatística”. Apesar disso, a mesma lei define que suas informações são
confidenciais. Ou seja, o IBGE não vai passar nem divulgar seus dados para nenhuma
pessoa (física ou jurídica).
Adaptado para fins
didáticos. Acesso em 9. nov. 2022.
Texto III
Como seria um Brasil sem Censo para sempre?
Toda política pública é criada a partir das necessidades da população, mas,
para conhecê-las, é preciso ter dados às mãos. O ex-ministro da saúde, Nelson Teich,
afirma que a pandemia da Covid-19 mostrou que essa incapacidade de gerar
informações levou a uma necessidade de se criar ações baseadas em intuições e
não em diagnósticos reais dos problemas. “Sem dados se criam políticas públicas
com base na impressão, não se sabe se está criando algo efetivo”, diz.
VICENZO, Giacomo.
Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2021/04/26/o-que-e-o-censo-entenda-como-a-nao-realizacao-dele-afeta-a-nossa-vida.htm.
Adaptado para fins didáticos. Acesso em 9.nov.2022.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
“A importância sociopolítica do censo demográfico no Brasil contemporâneo”.
Apresente a proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e
fatos para defesa de seu ponto de vista.