VOLTAR PARA OS TEMAS

MODELO ENEM - ATLETAS TRANSEXUAIS

ENEM

ATLETAS TRANSEXUAIS – MODELO ENEM - ID: KS7


Texto 1

O espaço conquistado de maneira íntegra por mulheres no esporte está em jogo. Tenho orgulho de ser herdeira dos valores que construíram a civilização ocidental, a mais livre, próspera, tolerante e plural da história da humanidade. Este legado sociocultural único permitiu que nós, mulheres, pudéssemos conquistar nosso espaço na sociedade, no mercado e nos esportes. A verdade mais óbvia e respeitada por todos os envolvidos no esporte é a diferença biológica entre homens e mulheres. Se não houvesse, por que estabelecer categorias separadas entre os sexos? O combate ao preconceito contra transexuais e homossexuais é uma discussão justa e pertinente. A inclusão de pessoas transexuais na sociedade deve ser respeitada, mas essa apressada e irrefletida decisão de incluir biologicamente homens, nascidos e construídos com testosterona, com altura, força e capacidade aeróbica de homens, sai da esfera da tolerância e constrange, humilha e exclui mulheres.

Ana Paula Henkel. “Carta aberta ao Comitê Olímpico Internacional”. Disponível em: https://politica.estadao.com.br, 16.01.2018. Adaptado.


Texto 2

Tifanny desabafa após título no vôlei: 'vai ter mulher trans campeã, sim'

Primeira mulher trans no vôlei feminino brasileiro, Tifanny iniciou o processo de transição de gênero em 2012. Ela jogou profissionalmente em ligas masculinas até os 29 anos. “Estamos vendo muita transfobia no esporte, muitas leis contra nós mulheres trans, então tenho que lutar diariamente para jogar, dentro e fora de quadra. Mas é por esses momentos que estou lutando porque a minha classe é a que mais sofre e mais morre no Brasil. A nossa média de idade é 35 anos, eu sou uma sobrevivente, estou com 40. Mas não vou deixar de lutar pela minha classe porque nós merecemos respeito. E obrigado a todos que lutam pela gente.” – desabafou Tifanny.

Disponível em: https://www.uol.com.br/esporte/ultimas-noticias/2025/02/09/tifanny-desabafa-apos-titulo-no-volei-vai-ter-mulher-trans-campea-sim.htm. Acesso em 15 abr.2025. Adaptado.


Texto 3

A regra vale até hoje em competições esportivas em todo o mundo: mulheres trans podem competir em modalidades femininas contanto que tenham o nível de testosterona abaixo de 10 nmol/L (nanomol por decilitro de sangue) por pelo menos 1 ano. Isso significa que a atleta deve ter passado por um tratamento de hormonização algum tempo antes das disputas. A avaliação é feita a cada 12 meses caso ela permaneça nos campeonatos. Além disso, em sua identidade deve constar o gênero com o qual se identifica pelo período mínimo de 4 anos. Não são exigências simples.

TOZZE, Humberto. Disponível em: https://revistamarieclaire.globo.com/Comportamento/noticia/2021/07/o-que-falta-para-eu-poder-jogar-atletas-trans-contam-suas-batalhas-por-inclusao.html. Acesso em 26 ago.2025.


Texto 4

Estamos em tempos em que as histórias de bullying e vitimização atraem atenção, poder e, às vezes, dinheiro. A história da criança traumatizada porque não foi escolhida para o time na aula de Educação Física é contada e recontada. O enredo é basicamente o mesmo, só mudam os atores. Poucas vezes a história é contada do ponto de vista da criança que estava escolhendo os membros do time – sutilmente, ela é sempre acusada de preconceito, ou seja, de usar características arbitrárias para escolher seus colegas de time. O mundo, no entanto, é mais complicado do que contam as narrativas preocupadas com traumas e vítimas: o fato é que as crianças diferem entre si, inclusive, em habilidades esportivas, e a criança líder do time tenta selecionar colegas que parecem mais capazes de lhe dar a vitória, e não há nada de errado em querer vencer. É importante que as crianças aprendam que as aparências às vezes enganam, que não há nada de errado em um menino ser afeminado ou em uma menina ser mais forte do que a maioria dos meninos da sua idade, além do que é honroso que se faça quaisquer pessoas se sentirem aceitas, sentirem que, de fato, são parte da sociedade. É importante também que as crianças aprendam que, independentemente de suas vantagens ou desvantagens de nascença, elas podem trabalhar em si mesmas para se destacarem em alguma habilidade. Inclusão é importante – tão importante quanto premiar competência e trabalho suado!

VIEIRA, Eli. https://valeonnoticias.com.br/2021/10/11/transexuais-no-esporte-feminino-as-consequencias-de-favorecer-a-inclusao-acima-do-merito/. Acesso em 15 abr.2025. Adaptado.


PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: “Em debate – a participação de atletas transexuais em esportes competitivos”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Gostou do tema?

ESCREVER SOBRE ESSE TEMA

Conteúdos de Apoio

Faça o download da proposta