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MODELO ENEM - 30 ANOS DE PLANO REAL
ENEM
30 ANOS DE PLANO REAL
DISSERTAÇÃO MODELO ENEM
ID: IYW
Texto I
Plano Real
completa 30 anos: como a nova moeda controlou a inflação no Brasil?
Embora a inflação
não seja novidade para os brasileiros, os mais jovens não têm ideia de como a
alta dos preços afetou a vida das pessoas entre as décadas de 1970 e meados dos
anos de 1990. No Brasil daquele tempo, era impossível fazer qualquer plano
financeiro para o longo prazo, pois você literalmente acordava todos os dias
pagando mais caro no supermercado. O descontrole chegou ao ponto de a população
ter sido chamada a fiscalizar estabelecimentos que não cumpriam o congelamento
de preços determinado no governo José Sarney. Os “fiscais do Sarney” marcaram
época e representaram mais um entre os diversos planos de estabilização
econômica malsucedidos. De 1986 a 1994, o Brasil teve quatro moedas e seis
planos econômicos que fracassaram, até que, finalmente, o Plano Real derrotou a
hiperinflação. Um ano antes de sua implementação, em 1993, o IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo) chegou a registrar uma inflação de quase 2.500%. Nascido
em meio à descrença de muitos, o Plano Real completou 30 anos e carrega consigo
o sucesso da estabilização econômica.
Disponível em: https://www.infomoney.com.br/guias/plano-real/. Acesso em
3.jul.2024.
Texto II
“Ir ao mercado era
uma loucura. Os preços mudavam todos os dias”, relembra Roberto Bispo, de 67
anos, sobre fazer compras há trinta anos. No início dos anos 90, os brasileiros
sentiram na pele as consequências da hiperinflação. Mas, em meio a uma economia
em crise, o Plano Real surgiu como um bote salva-vidas. A crise econômica da
década de 1990 era resultado das gestões do período da Ditadura Militar. Os
impactos do regime foram severos, e o país sofria com endividamento externo e
uma inflação elevada, que aumentava drasticamente o custo de vida dos
trabalhadores. Antes do Plano Real, outros cinco planos fracassaram no combate
à inflação. O congelamento de preços era uma medida comum em alguns desses
projetos, mas se mostrou ineficaz.
Disponível em: https://forbes.com.br/forbes-money/2024/05/plano-real-30-anos-do-projeto-economico-que-transformou-o-brasil/.
Acesso em 3.jul.2024.
Texto III
Os efeitos do
Plano Real foram sentidos quase que instantaneamente. A inflação desabou de
índices estratosféricos para patamares gerenciáveis, redefinindo o cotidiano da
população e o cenário de negócios. Fernando Henrique Cardoso, arquiteto do
plano, viu sua trajetória política ascender ao Palácio do Planalto, onde
permaneceu por dois mandatos. (...) Trinta anos após sua implementação, o Plano
Real é visto como um divisor de águas na economia brasileira. Se o objetivo era
combater a inflação, o plano alcançou um sucesso retumbante. No entanto,
desafios permanecem, principalmente no que diz respeito à questão fiscal, que
ainda carece de uma solução definitiva.
Disponível em:
https://clicrdc.com.br/gestao-e-negocios/tres-decadas-do-plano-real-transformacoes-e-desafios-na-gestao-e-negocios-do-brasil/#:~:text=Tr%C3%AAs%20d%C3%A9cadas%20do%20Plano%20Real%3A%20Transforma%C3%A7%C3%B5es%20e%20desafios,o%20desafio%20atual%20...%205%20Perspectivas%20futuras%20.
Adaptado. Acesso em 3.jul.2024.
Texto IV
Redução da pobreza
no curto prazo: Um dos efeitos positivos do real, registrado no primeiro ano da
sua adoção, foi a redução da proporção de pobres no Brasil, associada ao fim da
hiperinflação e a reajustes do salário mínimo. Segundo a Pesquisa Mensal do
Emprego do IBGE, que mede a renda do trabalho nas maiores regiões
metropolitanas do país, em junho de 1994, cerca de 34% dessa população estava
abaixo da linha de pobreza. Em setembro de 1995, eram cerca de 25,5%. (...) Mas
a tendência de redução da pobreza não se manteve no longo prazo. Após a queda
em 1995, a proporção de pobres se manteve relativamente estável até o final do
governo FHC, e voltou a cair significativamente somente a partir de 2003, com a
introdução do programa Bolsa Família no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da
Silva. (...)
Crescimento baixo
e juros altos: A ideia de que a estabilidade monetária estimularia
investimentos privados e levaria ao crescimento da economia não produziu
resultados de longo prazo, e as razões para isso são variadas e alvo de debate
entre especialistas. O economista Marco Mendes aponta, entre os motivos, que o
Brasil segue tendo um setor público grande e com mais estatais do que
precisaria, o que, segundo ele, trava o aumento da produtividade. Outras
razões, diz, são uma economia pouco aberta à competição internacional e lobbies
de setores específicos que conseguem manter subsídios públicos ineficientes. Após
a estabilização promovida pelo real, o Brasil também se manteve entre os países
com maior taxa de juro real do mundo. As explicações para isso também são
controversas. Mendes aponta para o desequilíbrio crônico do setor público, que
força o governo a contrair mais empréstimos para financiar seu débito e
pressiona as taxas de juros para cima.
Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/o-que-o-plano-real-deixou-de-legado-e-o-que-n%C3%A3o-entregou/a-69489773.
Adaptado. Acesso em 3.jul.2024.
PROPOSTA DE
REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma
padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “30 anos de Plano Real: conquistas e
desafios para a estabilidade econômica”. Apresente proposta de intervenção
social que respeite os Direitos Humanos. Selecione, organize e relacione, de
maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.