VOLTAR PARA OS TEMAS

EM - RELATO - MODELO UFU - BULLYING UNIVERSITÁRIO

UFU - RELATO

BULLYING UNIVERSITÁRIO

RELATO PESSOAL – MODELO UFU

ID: H4F



ORIENTAÇÃO GERAL

Leia com atenção todas as instruções:

(...)

. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova.

. Se a estrutura do gênero exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA. Em hipótese nenhuma escreva seu nome, pseudônimo, apelido etc. na folha de prova.

. Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. Não copie trechos dos textos motivadores.


ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas do tema, sua redação será penalizada.



Leituras:

Uns dizem que cotas raciais reduzem desigualdades socioeconômicas, reparam erros históricos e democratizam o acesso à universidade. Outros, ao contrário, afirmam que elas ferem o princípio da igualdade, derrubam o nível acadêmico e acirram os conflitos étnicos. "A ideia de que as cotas raciais ferem o princípio da igualdade é simplesmente cruel. Não há igualdade em um país onde as oportunidades são díspares", diz Renísia Garcia, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), da UnB (Universidade de Brasília). "A crueldade está na insensibilidade de quem não vê que do jeito que estava não dava para continuar e que o Brasil precisava fazer algo urgentemente." (...) Com o passar do tempo, algumas ideias preconcebidas foram derrubadas – como a que sustentava que o percentual de evasão entre cotistas era maior. Um relatório da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) apontou que, entre 2003 e 2016, 26% dos 21,3 mil estudantes que ingressaram na instituição pelo sistema de cotas desistiram no meio do caminho. Entre os não cotistas, o índice ficou em 37%. "Cotistas tendem a abandonar menos o curso e a tirar notas tão boas ou até melhores que os não cotistas porque valorizam mais a universidade", afirma Frei David Santos, fundador da ONG Educafro.

Disponível em: https://noticias.uol.com.br/reportagens-especiais/cotistas-e-ex-cotistas-relatam-preconceitos-e-dificuldades-na-universidade-publica/#tematico-1. Acesso em 30.set.2022.




[...] O que me fazia combalido, o que me desanimava eram as malhas de desdém, de escárnio, de condenação em que me sentia preso. Na viagem, vira-as manifestar-se; no Laje da Silva, na delegacia, na atitude do delegado, numa frase meio dita, num olhar, eu sentia que a gente que me cercava, me tinha numa conta inferior. Como que percebia que estava proibido de viver e fosse qual fosse o fim da minha vida os esforços haviam de ser titânicos [...]. Revolta-me que me obrigassem a despender tanta força de vontade, tanta energia com cousas em que os outros pouca gastavam. Era uma desigualdade absurda, estúpida [...]. O trecho lido é de Lima Barreto, in Recordações do escrivão Isaías Caminha, publicado em 1909 – portanto, há mais de 110 anos, e a história continua atual. Ambientado no Rio de Janeiro do começo do século XX, o livro baseia-se na história real de um jovem negro, talentoso e inteligente que, embora tivesse todos os atributos para ser inserido na sociedade, foi massacrado pelo preconceito racial.

Certamente, o Brasil contemporâneo já não é mais aquele Brasil do início da República, em que se buscava fundar a nação a partir das expectativas despertadas pelo fim do trabalho escravo e pela proclamação do novo regime. A ausência de um projeto de inserção social para os recém-libertos na verdade expunha o desejo das elites por uma nação cada vez mais embranquecida, pois só assim o Brasil rumaria ao progresso. Se hoje podemos afirmar que respiramos outros ares no que se refere à democratização do acesso às oportunidades sociais, isso é apenas em parte, porque o racismo continua profundamente atuante nas relações humanas, alimentando as desigualdades entre cidadãos brancos e cidadãos negros no acesso a bens simbólicos e materiais.

No campo da educação, os déficits de escolaridade da população negra apontam claramente esse grande desnível. Embora a escolaridade de ambos os grupos tenha aumentado ao longo do século XX, em razão do incremento de políticas universalistas, o padrão de discriminação racial se mantém.

LEMOS, Isabelle Batista. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/TPWvbP54rbVxqnDs5WVvcgz/.

Adaptado para fins didáticos. Acesso em 30.set.2022.




COMANDO: Imagine que você seja um médico recém-formado, negro, e que tenha concluído o curso universitário em uma instituição pública de ensino pública. Isso foi possível graças ao Sistema de Cotas, política governamental afirmativa de reservas de vagas para grupos específicos, classificados por etnias, na maioria das vezes, negros e indígenas. Ocorre que, durante os anos da graduação, você passou por situações de bullying, que quase o levaram a deixar o curso. Registre, num RELATO, suas percepções e experiências acerca de sua estada no campus universitário.

REDIGIR A MAIS LTDA. Copyright © 2021. All rights reserved.