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EM - POST - ADULTIZAÇÃO
POST - EM
ADULTIZAÇÃO
POST - ID: KT7
O QUE É UM POST?
Post, como o próprio nome adianta, são textos produzidos para publicações/postagens nas mídias
digitais – blog, twitter, facebook etc. O post
trata de um assunto do dia – imaginemos que o autor do post esteja navegando pelos portais de notícias e, de repente, um
assunto lhe chama a atenção; daí surge a ideia, a inspiração, o pretexto para
escrever um texto para ser postado em seu espaço digital.
Uma
característica a ser observada nos posts
é o fato de cada blogueiro (ou twitteiro ou facebookeiro etc) postar assunto
referentes a sua esfera de atuação. Por exemplo: no blog do médico Drauzio
Varella, médico oncologista, há posts
sobre Medicina e Saúde; no blog de Leonardo Sakamoto, jornalista e cientista
político, há posts de caráter
sócio-econômico-político. Seja qual for o assunto de um post, o autor procura misturar informação e criticidade. Palavrões
e outras situações grosseiras não são bem-vindos.
PASSO A PASSO: Ainda que a composição seja bastante
maleável, por vezes com a inserção de textos não verbais (charges, fotografias,
memes etc.) convém adotar o seguinte passo a passo para a escrita do post: título e subtítulo (geralmente
usados em textos para blogs); vocativo/chamamento ao leitor web (opcional); apresentação
do assunto; desenvolvimento do assunto (com opinião, discussão, protesto – se
for o caso); desfecho, com os principais itens desenvolvidos ao longo do texto,
“amarrando-o” com um comentário de impacto; despedida, convite para acompanhar
os próximos posts e assinatura/nome
do autor (geralmente usados em textos para blogs).
COMANDO: Considere não só os textos de apoio a seguir,
como também seu conhecimento sobre o tema: ADULTIZAÇÃO – A IRREPARÁVEL PERDA DA INFÂNCIA. Seu post deverá ter,
aproximadamente, 20 linhas.
Texto I
A adultização
é um fenômeno em ascensão, que acontece quando crianças são incentivadas,
intencionalmente ou não, a adotarem
preocupações, responsabilidades e até mesmo comportamentos adultos. Esse
processo pode ser sutil, manifestando-se na forma como elas se vestem, nos
brinquedos e nas atividades que lhes são propostas, no que consomem, ou mais
explícito, como quando assumem responsabilidades domésticas excessivas, ou são
expostas a conteúdos impróprios para sua idade. Existem diversos fatores que
contribuem para a adultização. Muitas vezes, os apelos da mídia e da indústria
da moda impulsionam essa tendência, criando uma imagem de que ser "adulto"
é sinônimo de ser atraente ou bem-sucedido. As consequências da adultização são
diversos, entre os quais a ansiedade, a depressão e a baixa autoestima. Isso
ocorre porque elas podem sentir-se pressionadas a atenderem a expectativas que
estão além de suas capacidades emocionais e cognitivas. O mais grave é que a
adultização pode levar a uma sexualização precoce e, por sua vez, lamentavelmente, à gravidez. Isso não apenas
coloca as crianças em risco de exploração e abuso, como também pode distorcer
sua compreensão das relações saudáveis e do consentimento. (...) Seleção e
vigilância à programação e aos sites a que crianças têm acesso são o primeiro
passo para evitar-se a adultização.
Gislaine
Buosi, advogada e educadora.
Texto II
Sobre a
adultização: Mas o que
fazer para atenuar esse quadro, uma vez que a vida agitada de muitos pais e
responsáveis quase sempre compromete os momentos de atenção e conversas que
deveriam ser dedicados exclusivamente aos pequenos? De acordo com a
profissional de Recursos Humanos com formação em Psicologia, Jéssica Cardoso,
os pais podem abordar esse tema por meio de diálogos que mostrem às crianças
como é importante e bom aproveitar a infância, já que que existe tempo para
cada período da nossa vida, e que não precisamos antecipar nada, pois logo a
fase adulta chegará. “Também é importante proporcionar um ambiente que estimule
brincadeiras e tudo o que o universo infantil tem de bom a oferecer, como
filmes, histórias e jogos. Vivenciar esses momentos com os pequenos pode ser ainda
mais especial, pois participamos de cada etapa do seu desenvolvimento gerando
conexão e boas memórias”, recomenda.
Família,
filhos e redes sociais: a conta fecha?
Em pesquisa
realizada pela Consulta Brasil, 66% das crianças entre 9 e 17 anos declararam ter
começado a usar redes sociais antes dos 12 anos, inclusive mentindo sobre a
idade para ter acesso a um perfil. Uma mãe, que preferiu não se identificar,
disse que só descobriu que sua filha tinha uma conta em uma rede social porque
a mãe de uma outra aluna comentou com ela sobre uma postagem. “Como trabalho
muito, pois sou pai e mãe dos meus filhos, acabo realmente deixando a desejar
no quesito acompanhamento quanto ao uso da internet no celular”, reconhece. Se
por um lado as crianças fazem uso dos conteúdos da internet, muitas vezes
escondidas dos pais, para 51% dos entrevistados, pela Consulta Brasil, os
adolescentes se abrem mais na grande rede do que com os pais.
Disponível em:
https://www.appai.org.br/appai-educacao-revista-appai-educar-edicao-147-materia-de-capa-adultizacao-infantil/.
Acesso em 15.ago.2024.