Discriminação nos aluguéis, nas redes sociais e no futebol: o problema do racismo na Espanha, escancarado por agressões a Vini Jr.
"Sinto muito pelos espanhóis que discordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas." As palavras são do jogador de futebol brasileiro do Real Madrid, Vinícius Júnior, após o jogo de 21/5/2023, contra o Valência, quando o jogador de 22 anos tentou chamar a atenção do árbitro para os insultos racistas que recebeu dos torcedores locais. Mais tarde, Vinícius publicou em suas redes sociais imagens de outros ataques racistas que recebeu em diferentes estádios espanhóis nos últimos dois anos. A primeira reação do presidente da liga espanhola de futebol, Javier Tebas, foi crítica ao jogador em uma publicação no Twitter: "Já que os que deveriam não te explicam o que a @LaLiga pode fazer em casos de racismo, tentamos explicar para vocês, mas você não apareceu em nenhuma das duas datas combinadas que solicitou. Antes de criticar e insultar a @LaLiga, você precisa se informar adequadamente". Mas depois disse que não pretendia atacar Vinícius e pediu desculpas se sua intenção não foi compreendida, "principalmente no Brasil". (...) E então surgem as indagações: Os insultos de um torcedor de futebol refletem o clima predominante em um país? É possível determinar se um país é racista?
ROSAS. Paula. BBC News Mundo. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3gplkzxg33o/. Adaptado para fins didáticos. Acesso em 31.mai.2023.
Texto III
Muito se engana quem considere que a Educação tem sido suficiente para mitigar o preconceito. A polarização da vida social brasileira nos últimos tempos trouxe à tona a manifestação do racismo em sua forma mais cruel. Até mesmo o esporte, que é constantemente palco de manifestações de combate ao preconceito racial e fábrica de ídolos de pele negra, tem visto um crescimento alarmante de casos de racismo. Os atos vão desde ofensas verbais como chamar o outro de macaco, atitudes depreciativas (como atirar bananas para dentro do campo na direção de jogadores negros) e até atos mais graves (como a depredação de bens pessoais de jogadores negros). E as atitudes racistas não ficam restritas às torcidas e às arquibancadas, como muitos podem pensar, e acontecem também dentro de quadra ou campo, entre atletas, jogadores e companheiro de equipe. Há ainda quem minimize o impacto de atitudes como estas nos gramados brasileiros. Recentemente, isto ficou bem claro na fala do consagrado técnico Vanderlei Luxemburgo, que alegou não concordar que provocações como chamar o outro de macaco para desestabilizá-lo emocionalmente deva ser considerado racismo. E completou dizendo que racismo puro seria apenas o que ocorreu no polêmico caso de assassinato de George Floyd por policiais americanos.
SOUZA, Fernanda Letícia. Disponível em: https://www.uninter.com/noticias/a-triste-realidade-do-preconceito-racial-nos-esportes/. Adaptado para fins didáticos.
Acesso em 31.mai.2023.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A
partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija o parágrafo introdutório, nos moldes exigidos pelo
Enem, sobre o tema: “Caminhos para vencer o racismo no futebol”.
LEMBRETE: O parágrafo
introdutório da dissertação do Enem, de aproximadamente, 7 linhas, deve
contemplar o projeto textual, com os seguintes elementos obrigatórios: tema,
dois argumentos (pelo menos) e tese. O repertório sociocultural pode também
fazer parte do parágrafo introdutório.