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EM - PARÁGRAFO CONCLUSIVO - ENEM - MULHER NO MERCADO

PARÁGRAFO CONCLUSIVO - ENEM

ASCENSÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

PARÁGRAFO CONCLUSIVO – MODELO ENEM

ID: HQW



Texto I

As convenções do início do século ditavam que o marido era o provedor do lar. A mulher não precisava e não deveria ganhar dinheiro. As que ficavam viúvas, ou eram de uma elite empobrecida, e precisavam se virar para se sustentar e aos filhos, faziam doces por encomendas, arranjo de flores, bordados e crivos, davam aulas de piano etc. Mas além de pouco valorizadas, essas atividades eram mal vistas pela sociedade. Mesmo assim algumas conseguiram transpor as barreiras do papel de ser apenas esposa, mãe e dona do lar (...). O mundo anda apostando em valores femininos, como a capacidade de trabalho em equipe contra o antigo individualismo, a persuasão em oposição ao autoritarismo, a cooperação no lugar da competição. As mulheres ocupam postos nos tribunais superiores, nos ministérios, no topo de grandes empresas, em organizações de pesquisa de tecnologia de ponta. Pilotam jatos, comandam tropas, perfuram poços de petróleo. Não há um único gueto masculino que ainda não tenha sido invadido pelas mulheres.


https://www.passeidireto.com/arquivo/24477259/trabalho-unip, Elisiana Renata Probst



Texto II

No Brasil, a inserção da mulher no mercado de trabalho foi tardia – deu-se após a Segunda Guerra Mundial, quando os homens tinham de ir para as frentes de batalha e as mulheres passaram a assumir os negócios da família e o posto de trabalho dos homens. Com o término da guerra, muitos homens retornaram mutilados, pelo que não foi possível retornarem ao trabalho, e, com isso, as mulheres se sentiram na obrigação de assumi-lo. (...) Na décado de 1940, com o processo de industrialização, o aumento das siderúrgicas, petrolíferas, químicas, farmacêuticas e automobilísticas, as mulheres começaram a assumir diferentes cargos. (...) Na década de 50, houve um pequeno declínio do trabalho feminino na indústria têxtil. No entanto, com o governo de Juscelino Kubitschek e a grande expansão industrial (meados da década de 50 e início da década de 60), percebeu-se uma ligeira elevação do trabalho feminino nas indústrias têxtil. Na mesma década, já eram consideradas mulheres trabalhadoras, meninas maiores de 10 anos. Entre as mulheres, só 10% trabalhavam; 84,1% eram donas de casa ou estudavam, e 5,9% das mulheres não tinham nenhum tipo de ocupação. Nessa época, 14,7% da população economicamente ativa eram mulheres. Diante de tais acontecimentos surgem os movimentos feministas, como uma forma de protesto das mulheres em busca de seus direitos (...) No Brasil, as organizações de mulheres tiveram uma razoável capacidade de articulação e mobilização no campo popular (luta pela moradia, saúde, transporte e creches), das artes e da cultura até a ditadura militar. Na década de sessenta, após um curto período de desmobilização, o movimento feminista ressurge e nesta conjuntura de movimentos contestatórios revelavam-se o caráter político da opressão, colocando a mulher no espaço público e ainda que de forma extremamente precária, de volta ao mercado de trabalho, desta vez de forma definitiva. Somente em 1988, com a Constituição Federal, foi autorizado à instituição da cidadania e dos direitos humanos para as mulheres brasileiras e, foi a partir de então que começamos a comemorar no país o dia Internacional da Mulher no dia 8 de março.


https://monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/a-evolucao-mulher-no-mercado-trabalho.htm, adaptado




Você já sabe, mas não custa lembrar...

Em linhas gerais, as cinco competências da redação do Enem verificam: C1 – norma culta; C2 – tema e repertório sociocultural; C3 – composição e execução de projeto textual, e qualidade da argumentação; C4 – aplicação de recursos coesivos; C5 – proposta de intervenção social.


Nesse exercício, coloca-se em evidência a composição do PARÁGRAFO CONCLUSIVO, que, geralmente, traz a proposta de intervenção social, é avaliado tanto na C3 quanto na C5.


A C3 avalia a habilidade do candidato em oferecer ações interventivas para a solução dos argumentos/problemas levantados no projeto textual.


A C5, por sua vez, avalia a habilidade do candidato em trazer os quatro elementos que devem compor a proposta de intervenção, quais sejam eles: ação, agente, modo/meio, efeito, com o detalhamento de, pelo menos, um desses elementos.



COMANDO: Adiante, oferecemos a você um projeto textual, ou seja, o primeiro parágrafo de uma dissertação argumentativa nos moldes do Enem, sobre o tema: Desafios para a ascensão da mulher brasileira no mercado de trabalho. Você deverá desenvolver o parágrafo conclusivo, de aproximadamente 7 linhas, em conformidade com os argumentos/problemas adiantados no projeto. Não se esqueça dos quatro elementos e do detalhamento de um deles.


Antes de discorrer sobre a ascensão da mulher no mercado de trabalho, é preciso resgatar a Revolução Industrial, quando se deu o ingresso dela às tecelagens. De lá para cá, a mulher tem ascendido profissionalmente, até porque a respectiva formação acadêmica é superior à do homem (1). Porém, nota-se ainda certa limitação à decolagem dela, haja vista a discriminação de empresários, no que se refira a um desdobramento natural da mulher, qual seja, a gravidez (2); isso sem contar na desigualdade salarial entre homens e mulheres, que, de certo modo, as deixa sensivelmente preteridas (3). Assim, espera-se que a sociedade se conscientize de que é tempo de mitigar vetores que resistam à merecida ascensão da mulher (4).



Análise do projeto textual: 1 – apresentação do tema; 2 – antecipação do primeiro argumento, a ser desenvolvido no segundo parágrafo; 3 – antecipação do segundo argumento, a ser desenvolvido no terceiro parágrafo; 4 – tese.

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