Nossa sociedade diferenciou mulheres e homens em uma prática social e, em seguida, atribuiu maior valor às características masculinas. (...) O conceito de gênero vem para ajudar a entender que a desigualdade, ou seja, o fato de os homens estarem em posições superiores na sociedade (...), é uma construção social. Para que se equilibre a balança, isso precisa ser desconstruído, porque, se foi aprendido dessa forma, pode ser reaprendido de outra, que possibilite às mulheres desenvolverem seu pleno potencial e terem as mesmas oportunidades que os homens.
Pensando em termos populacionais, as mulheres no Brasil não são uma minoria. Somadas, elas compõem 51,48% da população nacional. Podem votar, chefiar famílias, trabalhar em diversos campos, concorrer a cargos públicos, comandar empresas e até mesmo governar a nação. Mas há uma grande diferença entre o poder - teórico, e o conseguir - prático. A desigualdade de gênero ainda permeia todos os campos da sociedade brasileira, o que leva o Brasil a atualmente ocupar a 90.ª posição em um ranking do Fórum Econômico Mundial que analisa a igualdade entre homens e mulheres em 144 países (...). Mulheres brasileiras têm menor remuneração, sofrem mais assédio, são mais sujeitas ao desemprego e estão sub-representadas na política.
Quando vozes corajosas, como a de Marielle Franco, ameaçam abalar as estruturas de poder, correm maior risco de serem silenciadas. O feminicídio é tão frequente, que o Brasil é o quinto país com maior taxa de assassinato de pessoas devido a sua condição de serem mulheres, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com base nas ideias
presentes nos textos de apoio e valendo-se tanto de outras informações que você
julgue pertinentes, quanto dos dados de sua própria observação da realidade,
redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha o seu ponto de vista
sobre o tema:
“A desigualdade de gêneros e os resquícios da sociedade patriarcal