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EM - DISSERTAÇÃO - MODELO UERJ - TRABALHO INFANTIL - A PARTIR DE "O MENINO DO PIJAMA LISTRADO"

UERJ

OBRA LITERÁRIA “O MENINO DO PIJAMA LISTRADO”

de JOHN BOYNE

TRABALHO INFANTIL

MODELO UERJ – ID: HRX



A Universidade Estadual do Rio de Janeiro selecionou a obra “O menino do pijama listrado”, de John Boyne, publicada em 2006, como base para o tema da Redação do Vestibular 2024.


Sinopse da obra: Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e sobre a Solução Final contra os judeus. Também não faz ideia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. “O Menino do Pijama Listrado” é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.

Disponível em: file:///C:/Users/Usuario/documents/O%menino%20do%20pijama%20listrado.pdf. Adaptado. 

Acesso em 16.jun.2023.



LEITURAS:



Fumegando de raiva, Bruno entrou na cozinha e teve a maior surpresa de toda a sua vida. Ali, sentado à mesa, muito longe do outro lado da cerca, estava Shmuel. Bruno mal podia acreditar nos próprios olhos. “Shmuel!”, disse ele. “O que você está fazendo aqui?” Shmuel ergueu os olhos e o seu rosto aterrorizado deu lugar a um grande sorriso quando viu o amigo ali com ele. “Bruno!”, ele disse. “O que você está fazendo aqui?”, repetiu Bruno, pois, embora ainda não entendesse exatamente o que acontecia do outro lado da cerca, havia algo a respeito das pessoas que ficavam lá que fazia Bruno pensar que elas não deveriam estar ali na casa dele. “Ele me trouxe aqui”, disse Shmuel. “Ele?”, perguntou Bruno. “Está falando do tenente Kotler?” “Sim. Ele disse que havia um serviço para mim aqui.” E, quando Bruno olhou para baixo, viu sessenta e quatro pequenas taças, do tipo que a mãe usava para tomar seus tragos de xerez medicinal, dispostas sobre a mesa da cozinha, e ao lado delas uma tigela de água quente e ensaboada e muitos guardanapos de papel. “Mas o que você está fazendo?” “Eles me pediram para lustrar as taças”, disse Shmuel. “Disseram que precisavam de alguém com dedos pequenos.”

Jonh Boyne, O menino do pijama listrado. Ed. Companhia das Letras. Tradução: Augusto Pacheco Calil. Adaptado.






Disponível em: http://ciaris.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---europe/---ro-geneva/---ilo-lisbon/documents/publication/wcms_864931.pdf. Acesso em 16.jun.2023.



Uma pesquisa realizada pela Fundação Abrinq descobriu que, em 2021, cerca de 1,3 milhão de adolescentes estavam em situação de trabalho infantil no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), o trabalho infantil é caracterizado por atividades realizadas por crianças com idade inferior à mínima permitida para a entrada no mercado de trabalho, segundo a legislação em vigor no país. Hoje a legislação estipula proibição total até 13 anos. Entre 14 a 16 anos, os adolescentes podem trabalhar sob a condição de aprendiz. Já entre 16 e 18 anos, a lei permite trabalho parcial, abstendo de atividades laborais noturnas, perigosas e insalubres. O MMFDH diz que entre os adolescentes, as crianças de 14 a 15 anos e de 16 a 17 anos são os que mais abandonam a escola.

OLIVEIRA, Ingrid. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/trabalho-infantil-e-realidade-de-13-milhao-de-adolescentes-no-brasil-diz-abrinq/. Adaptado. Acesso em 16.jun.2023.




PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir da leitura do romance “O menino do pijama listrado” e de suas próprias reflexões, escreva uma redação argumentativo-dissertativa, em prosa, de 20 a 30 linhas, sobre o seguinte tema: A contribuição para o sustento da família pode justificar a exploração do trabalho infantil?

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