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UFSC - CRÔNICA

FELICIDADE, GLAMOUR, DESAFIOS

CRÔNICA

MODELO UFSC

ID: HHX



Considere os excertos abaixo, reflita sobre a coexistência da felicidade, do glamour e dos desafios na vida em sociedade, e redija uma CRÔNICA sobre esse tema.


Disponível em: https://quo.eldiario.es/ser-humano/g53615/pies-de-bailarina/.

Acesso em 13-abr-2023.



Talvez a dor tenha muito pouco espaço no mundo de hoje, como se fosse possível eliminar esse sentimento. A dor, de modo inexorável, faz parte da vida, assim como a alegria e o prazer. A psicanalista Isabel Fortes indica modos diversos de expressar a dor psíquica, apontando (...) as vias que permitem transformar a dor em alegria. O primeiro passo em direção a esse caminho é a aceitação – e não a evitação – da dor. A vitalidade requer uma travessia, incluindo ao mesmo tempo a dor e a alegria como intensidades que fazem parte do mundo. Nietzsche alega que a dor pode se transformar em força. Freud diz que é preciso compreender quando e por que se dá a coexistência de dor e prazer. Resta saber que destino queremos dar à dor.

Disponível em: https://tvbrasil.ebc.com.br/cafefilosofico/episodio/transformando-dor-em-alegria.

Adaptado. Acesso em 13-abr-2023.



(...) é bom que aprendas cedo, não há outra maneira de avançar senão experimentar, seja o que for, pena ou regozijo, ternura ou estupidez, o seu máximo limite, não se bebe o momento em pequenos goles, mas em longos tragos (...).

CARRASCOZA, João Anzanello. Caderno de um ausente, p.22. 1. ed. São Paulo: Cosacnaify, 2014.



As ideias de felicidade são muitas, mas podem ser remetidas a duas categorias. A visão mais popular é a de uma vida plena de momentos agradáveis, sem problemas e desafios. A outra nos foi mostrada por Goethe – já idoso, perguntaram-lhe se sua vida tinha sido feliz. Ele respondeu que sim, mas que não se lembrava de uma única semana em que o tivesse sido. Isso implica que ser feliz não significa não ter dificuldades, mas superá-las.

A atualidade mudou essas visões?

Definir o que significa ser feliz é muito complexo. A própria ideia de felicidade parece conter em si o pressuposto da sua não existência no mundo. A felicidade deve ser conquistada, mas, no nosso sistema de consumidores, vendem-se promessas de algo que nos fará nos sentirmos melhor.

Na prática, porém…

Satisfazer os consumidores, na realidade, é o pesadelo do mercado: envolveria não ter mais nada para vender. Os especialistas, portanto, sabem nos manter continuamente insatisfeitos. A publicidade nos promete que seremos felizes com o novo celular, por exemplo, mas ela tinha feito o mesmo para o modelo anterior e vai refazer o mesmo para o posterior. Porém, milhões de pessoas correm para comprar.

O capitalismo está condenado, portanto, à infelicidade?

A atitude do sistema encoraja a ideia de que há algo que pode resolver todos os problemas e alimenta constantemente tal convicção. Isso torna os momentos de felicidade muito curtos. O problema é que somos constrangidos a gastar o dinheiro que ainda não ganhamos para comprar coisas das quais não precisamos para impressionar pessoas que não nos importam muito. Esse é o caminho para alongar os momentos de infelicidade.

Disponível em: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-felicidade-segundo-o-filosofo-zygmunt-bauman/.

Adaptado. Acesso em 13-abr-2023.


 



 

Quadrinhos de Alexandre Beck. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/504121752015960034/.

Acesso em 13-abr-2023.

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