EM - TEXTO DE OPINIÃO - MODELO UFU - NECROPOLÍTICA E INDIGENISTAS
UFU - ARTIGO|TEXTO DE OPINIÃO
NECROPOLÍTICA E
CAUSAS INDÍGENAS
MODELO UFU – TEXTO DE OPINIÃO
ID: H4L
ORIENTAÇÃO GERAL
Leia com atenção todas as instruções:
(...)
. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova.
. Se a estrutura do gênero exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA. Em hipótese nenhuma escreva seu nome, pseudônimo, apelido etc. na folha de prova.
. Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. Não copie trechos dos textos motivadores.
ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas do tema, sua redação será penalizada.
Leituras:
Você sabe o que é
necropolítica?
Em dadas ocasiões, os
Estados modernos adotam, em suas estruturas internas o uso da força, como uma
política de segurança para suas populações. Ocorre que, por vezes, os discursos
utilizados para validar essas políticas de segurança podem acabar reforçando
estereótipos, segregações, inimizades e até mesmo extermínio de determinados
grupos. Dessa ideia surge o termo “necropolítica”, que vem questionar se o
Estado possui ou não “licença para matar” em prol de um discurso de ordem.
(...)
Onde surgiu o termo
necropolítica?
A origem do termo parte da obra
do filósofo, teórico político, historiador e intelectual camaronês Achille
Mbembe, que nasceu na República dos Camarões, país da região ocidental da
África Central, em 1957. Atualmente é professor de História e Ciências
Políticas do Instituto Witwatersrand, em Joanesburgo, África do Sul, e na Duke
University, nos Estados Unidos. Ele é reconhecido como estudioso da escravidão,
da descolonização e da negritude.
IGNACIO, Julia. Disponível em:
https://www.politize.com.br/necropolitica-o-que-e/. Adaptado. Acesso em
7.jul.2022.
Necropolítica e o corpo
indígena
A violência contra povos
indígenas remonta ao processo histórico de conquista da América. Segundo sua
ótica, o branco europeu, que se considerava superior, intentou aproximar os
indígenas da esfera da cidadania. No final das contas, poderíamos dizer que se
trata de um dos maiores genocídio da história da humanidade. No Brasil, se, por
um lado, direitos dos povos indígenas foram reconhecidos a partir da instauração
da república, por outro, suas vidas passaram a ser mais controladas por um
poder tutelar. (...) A Comissão Nacional da Verdade, instituída pelo governo do
Brasil em 2011, a fim de investigar graves violações de direitos humanos
cometidas entre 1946 e 1988, revelou “uma política de contato, atração e
remoção de índios de seus territórios em benefício das estradas e da
colonização pretendida”. Ademais, estava em jogo o não reconhecimento da
identidade dos grupos indígenas que viviam nessas regiões – seria necessário
elidir a cultura dos índios, de modo a transformá-los em cidadãos brasileiros,
segundo normas impostas pelo Estado. Considerando informações da Comissão,
assassinar ou violentar indígenas, durante o regime militar, aparentemente, não
eram infrações penais. Retirada sua condição de humanidade, o extermínio do
índio se aproximava ao de um animal selvagem.
Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/sociologia/necropolitica.
Adaptado. Acesso em 7.jul.2022.
Disponível em: https://pt.org.br/uniao-dos-povos-indigenas-assassinato-de-bruno-e-dom-e-crime-politico/.
Acesso em 7.jul.2022.
Unijava é uma organização
não-governamental indígena, na qual Bruno Pereira trabalhava quando foi
assassinado.
Eduardo Mei – A necropolítica é a institucionalização da exclusão social
e da violência estatal e paraestatal contra a maioria da população brasileira,
pobre, negra, indígena, já excluídas. No Brasil atual, a necropolítica é o
último recurso para confinar o negro e o pobre na senzala e o “índio” na menor
reserva indígena possível. Quando o negro, o pobre, o indígena chegam à
universidade ou passam a frequentar os aeroportos e “shoppings”, como turistas
e consumidores, a casa grande começa a se incomodar. Nesse sentido, no Brasil
atual, a necropolítica é o último recurso para confinar o negro e o pobre na
senzala e o “índio” na menor reserva indígena possível, de modo a garantir a
sua “assimilação” ou extermínio.
Fonte: Instituto Humanitas Unisinos. Disponível em:
https://www.institutobuzios.org.br/a-necropolitica-brasileira-e-sua-origem-na-guerra-colonizadora/#:~:text=A%20necropol%C3%ADtica%20%C3%A9%20a%20institucionaliza%C3%A7%C3%A3o%20da%20exclus%C3%A3o%20social,na%20menor%20reserva%20ind%C3%ADgena%20poss%C3%ADvel%20%E2%80%93%20Eduardo%20Mei.
Adaptado. Adaptado para fins didáticos. Acesso em 7.jul.2022.
Eduardo Mei é docente de Sociologia do curso de Relações Internacionais
(RI) da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS) da UNESP (Universidade
Estadual Paulista). Doutor em História pela Unesp.
Redija um TEXTO DE OPINIÃO, posicionando-se sobre o tema "A necropolítica no contexto das causas indígenas".