O teatro é um gênero textual que se apropria dos tipos narrativo e
dialogal, ou seja, a história é contada por meio do diálogo – discurso direto –
entre os personagens, ao longo dos atos (como se fossem capítulos do enredo). Dramaturgo
é o nome que se dá a quem escreve textos para teatro.
É possível a presença de um narrador, em especial nas peças teatrais
dirigidas às crianças, para facilitar-lhes o entendimento. No teatro, há
mensagens a serem “lidas” na expressão corporal/facial dos personagens.
A escrita teatral tem 2
partes: o texto principal e o secundário.
. Principal: diálogos/interação dos personagens, por meio dos quais o
espectador vai tomando conhecimento do enredo.
. Secundário: rubricas, ou seja, anotações às margens do texto
principal, para orientarem o encenador, tais como: fim do primeiro ato; entra o
caminhoneiro; gritos na rua etc. As rubricas também servem para definir o
perfil dos personagens, o cenário, o tempo e outros aspectos importantes para a
encenação.
Para exemplificar, leia o fragmento de “Auto da Compadecida”, de Ariano
Suassuna (com nossos ajustes):
Em atividades escolares, propõe-se a composição de esquete, que é uma
cena completa, de curta duração – a esquete deve ter começo (exposição dos
personagens), meio (conflito) e fim (desfecho).
LEITURAS:
O amigo é a criatura que escuta todas as nossas coisas sem aquela cara
que parece estar dizendo: “E eu com isso?”
Mário Quintana, poeta gaúcho.
Depois da aula, o Heitor, a Júlia e eu brincamos de escorregar na grama.
Hoje não houve nenhuma briga por causa do papelão. Eu dei uns conselhos pro
Heitor. Eu disse pra ele que era bobeira brigar, porque papelão gasta, molha,
estraga. A amizade precisa durar.
Gislaine Buosi, O mistério da última gaveta.
COMANDO: A partir do tema O VALOR DA AMIZADE redija a ESQUETE
mais criativa de todos os tempos! Utilize as marcas desse gênero textual,
especialmente as rubricas, para indicação de cenário e de fala dos personagens.