PARÓDIA é uma releitura de um texto, quase sempre, muito conhecido: uma fábula, um conto de fadas, um poema etc. A paródia é uma composição engraçada, com a finalidade de criticar, provocar ou ironizar o texto base, tendo em vista, inclusive, fatos ou elementos atuais. Mas é preciso ter cuidado! A crítica, a provocação ou a ironia não podem ser ofensivas, nem discriminatórias.
Nas paródias de textos narrativos, é possível ironizar o comportamento de personagens, colocar apelidos, manias, além de alterar o lugar, o modo e o tempo em que acontecem as ações.
PRODUÇÃO DE TEXTO: O poema abaixo, “Na rua do sabão”, de Manuel
Bandeira, é a base para sua paródia.
Cai, cai, balão!
Cai, cai, balão!
Na Rua do Sabão!
O que custou arranjar aquele balãozinho de papel!
Quem fez foi o filho da lavadeira.
Um que trabalha na composição do jornal e tosse
muito.
Comprou o papel de seda, cortou-o com amor, compôs
os gomos...
Ei-lo agora que sobe, – pequena coisa tocante na
escuridão do céu.
A molecada da Rua do Sabão
Gritava com maldade:
Cai, cai, balão!
Um senhor advertiu que os balões são proibidos pela
prefeitura.
O balão não caiu na Rua do Sabão.
Caiu muito longe...
Caiu no mar – nas águas puras do mar alto.
Manuel
Bandeira. Poesia completa e prosa. Rio
de Janeiro: Nova Aguilar, 1983. p. 195-6.
Adaptado
para fins didáticos.
Mãos à obra!
A partir do poema de Bandeira, escreva uma paródia,
em prosa – quer dizer: escreva um texto “corrido”, organizado em parágrafos. Amplie
e adapte o texto, criando situações engraçadas, irônicas, com as crianças que torciam
para que o balão caísse. Explore também este fato: “um senhor advertiu que os
balões são proibidos pela prefeitura”.
IMPORTANTE: Antes de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu e confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e os parágrafos fluem, se as ideias não se embaralham, se não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia, a pontuação e os plurais estão corretos.