EFAI - MEMÓRIAS LITERÁRIAS - NATAL

NATAL EM FAMÍLIA

MEMÓRIAS LITERÁRIAS

ID: KTL

Você já sabe...

Lembranças de avós, tios, primos, sejam eles simpáticos ou implicantes, podem render histórias maravilhosas! Uma caneca sem asa, um carrinho amassado, uns tênis prestes a serem descartados...

Há muitas cenas da nossa vida que merecem ficar registradas, para que não se percam. E tudo isso, bem escrito, passa a se chamar MEMÓRIAS LITERÁRIAS. 

Mas não é preciso ser tão fiel às cenas! Vale enfeitar, inventar, colorir, descolorir... Por se tratar de fatos passados – afinal, é um texto de memória – os verbos são empregados, preferencialmente, no passado.

Até o final do texto, o quanto possível, o leitor deverá encontrar respostas para: de que cena, exatamente, você se lembrou?; quem viveu essa cena?; quando?; onde?; como?; por quê?, e então...   

Leia uma cena encontrada nas Memórias Literárias de Gislaine Buosi:

O colégio em que estudávamos, o Edu e eu, ficava um pouco distante de casa, e por isso íamos e voltávamos com o Tio Juarez, da Kombi. Mal podíamos esperar pela buzina, que era fanhosa e demorada. De longe, o Tio Juarez punha a cara pra fora da janelinha, acenava e buzinava ao mesmo tempo. Às vezes saíamos atrasados, chegávamos na esquina em cima da hora e, quando víamos a Kombi se aproximando, olhávamos de um lado e de outro da rua, atravessávamos com passos leves e corridos. “Carola, o Tio Juarez deve gostar de bolo de cenoura!” De vez em quando nossa mãe embrulhava uma merenda, e então ele fazia a festa, agradecia, agradecia, como que deixando encomendada a fatia de bolo do dia seguinte.