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EFAI - HQ - BULLYING
HQ - EF ANOS INICIAIS
COMBATE AO BULLYING
HQ - ID: J8J
Você já sabe, mas não custa lembrar...
Histórias podem ser contadas por diferentes maneiras, tais como: livros,
filmes, desenhos, mímicas e também por meio da sequência de quadrinhos – a esse
gênero textual chamamos “HQ” – História em Quadrinhos. O profissional que
compõe os quadrinhos é o quadrinista. Maurício de Sousa, o pai da Turma da
Mônica, é referência na criação de HQs.
Como toda narrativa, a HQ contempla enredo, personagens, tempo e lugar.
As personagens são estáveis, quer dizer, uma vez apresentadas e conhecidas do
público leitor, não é preciso apresentá-la em todas as HQs. Por exemplo: os
leitores da Turma da Mônica já sabem que o Cascão não toma banho, que a Magali
é comilona, que a Mônica é mandona etc.
Os quadrinhos exploram, numa sequência lógica/cronológica, cenas vividas
pelas personagens, que falam por meio da escrita nos balões, os quais podem
variar de tamanho e formato, colaborando com o sentido da mensagem: há balões
que indicam sonho, chuva, estrondo e até mesmo os vazios, que indicam silêncio.
As HQs contêm título.
Outra aliada do quadrinhista é a onomatopeia, a figura de linguagem que
consiste em reproduzir, com a palavra escrita, ruídos (poff!; pá!; chuá, chuá!;
blém! etc.), “vozes” de animais (miau; cocoricó; au, au etc.) e outros sons que
podem ser escritos, muitos deles, inclusive, já dicionarizados (atchim; hummm;
tique-taque; pingue-pongue; tum-tum etc.).
Percebemos então que, muito embora o enredo seja curto, o quadrinhista
pode contar com a linguagem verbal (palavras escritas) e a não verbal (imagens
que materializam contexto e características das personagens – tristes,
irritadas, ansiosas etc.), as linhas de movimento (ou linhas cinéticas), o que
rendem uma leitura rápida, levando ao leitor entretenimento, informação, ironia
e até criticidade.
LEITURA:
Dar apelidos, zombar de característica física ou de traço racial, usar um
colega como personagem constante de piadas – atitudes como essas, muitas vezes
tidas como brincadeiras, são, na verdade, bullying. De acordo com a Pesquisa
Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019, realizada pelo IBGE, 23% dos
estudantes de 13 a 17 anos afirmaram ter sofrido bullying na escola nos 30 dias
anteriores à pesquisa. Em contrapartida, 12% dos alunos na mesma faixa etária
assumiram ter praticado essa violência no mesmo período. Segundo a advogada Ana
Paula Siqueira, que preside a Associação SOS Bullying, "é bullying
qualquer forma de agressão física ou psicológica, xingamento, violência, ameaça
ou exclusão feita por uma pessoa ou um grupo contra outra pessoa." Ela
explica que, de acordo com Lei do Bullying, de 2015, essa violência só acontece
no ambiente escolar (da educação básica ao pós-doutorado), em clubes ou
agremiações recreativas. Mas, se qualquer uma dessas atividades acontece na
internet, é cyberbullying. E, com a promulgação da Lei 14.811, em janeiro de
2024, casos de bullying e cyberbullying são passíveis de penas de reclusão e
multa em casos mais sérios.
SANTOS, Emily. Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2024/04/07/nao-e-brincadeira-e-bullying-entenda-comportamentos-que-configuram-crime-e-saiba-como-agir.ghtml.
Acesso em 3.set.2024.
COMANDO: A partir da leitura acima e de seus conhecimentos a respeito do
tema: “O combate ao bullying – agora é pra valer!”, desenvolva uma HQ – componha, o mínimo, seis e, no máximo 10 quadrinhos.
Você poderá utilizar a linguagem verbal e a não verbal, além de linhas de
movimento (ou linhas cinéticas), onomatopeias, interjeições e balões de
formatos diversificados.