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EFAF - TEXTO TEATRAL - ESQUETE - "O BICHO", MANUEL BANDEIRA

TEATRO - EF ANOS FINAIS

TEXTO TEATRAL - ESQUETE

O BICHO – MANUEL BANDEIRA

ID: JPH


Você já sabe, mas não custa lembrar...

Há registros de textos escritos para teatro desde o século V, na Grécia Antiga, quando o dramaturgo (autor de peças teatrais), geralmente, recompunha fatos cotidianos, a fim de criticar as mazelas sociais de seu tempo.

O teatro é um gênero textual que se apropria dos tipos narrativo e dialogal, ou seja, o enredo é contado por meio do diálogo – discurso direto – entre as personagens, ao longo dos atos (como se fossem capítulos do enredo). É possível a presença de um narrador, em especial nas peças teatrais dirigidas às crianças, para facilitar-lhes o entendimento – nesse gênero textual, há mensagens para serem “lidas” na expressão corporal/facial das personagens.


A escrita teatral tem 2 partes: o texto principal e o secundário.

. principal: diálogos/interação das personagens, por meio dos quais o espectador vai tomando conhecimento do enredo;

. secundário: rubricas, ou seja, anotações que seguem às margens do texto principal, a fim de nortearem o encenador, tais como: fim do primeiro ato; entra o caminhoneiro; gritos na rua etc.

As rubricas também servem para definir o perfil das personagens, o espaço/cenário, o tempo e outros aspectos importantes para a encenação, nos moldes pretendidos pelo dramaturgo.

Para exemplificar, leia o fragmento de “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna (com nossos ajustes):

Chicó entra com o gato (1):

Chicó (2):      Tome o seu gato! Eu não tenho nada com isso (3)!

João dá-lhe uma cotovelada e apresenta o gato à mulher (4):

João (5):       Está aí o gato (6)!

Mulher (7):    E daí (8)?

1, 2, 4, 5 e 7: textos secundários – rubricas

3, 6 e 8: textos principais – diálogos, por meio dos quais a história vai sendo desenvolvida


A estrutura textual é a mesma dos demais textos do âmbito de narrar: exposição, conflito e desenlace.

As personagens podem ser classificadas como protagonista (personagem principal), antagonista (personagem que se opõe ao protagonista), secundários (cooperam com a ação do protagonista e do antagonista) e figurantes (participação pouco significativa).


Em atividades escolares, propõe-se a composição de esquete, que é uma cena completa, de curta duração.



COMANDO: Agora você é o dramaturgo! Aproveite não só a problemática (pessoa em situação de rua, fome) levantada no Texto I, como também a iniciativa assistencialista mencionada o Texto 2,  e crie um ESQUETE, ou seja, uma cena completa, de curta duração. O tema de seu esquete será: “Quem tem fome, tem pressa.*”

*Lema criado pelo sociólogo Herbert de Souza, para um movimento social de combate à fome no Brasil, em 1993.

Leve em consideração o contexto da obra para, então, caracterizar as personagens, o cenário e outros detalhes necessários para a composição do esquete. 

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