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EFAF - TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA - XIXI NA CAMA

TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA - EF ANOS FINAIS

ENURESE - XIXI NA CAMA

TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

ID: HPV




texto de divulgação científicacomo o próprio nome adianta, é aquele que tem a finalidade de “popularizar a ciência”, ou seja, difundir, ao público leigo/não especializado, descobertas feitas a partir de experimentos/estudos científicos.

No que se refere à estrutura, o texto de divulgação científica é maleável. É preciso focalizar, o quanto possível: o que foi descoberto; quem descobriu; como; quando; onde; para quê – com ênfase não apenas no que foi descoberto, como também na importância da descoberta e nos respectivos impactos sociais.

O texto é escrito em 3.ª pessoa, com linguagem simples. Há título e subtítulo para que, desde o início, seja definido o que se vai divulgar.

Atualmente, a divulgação científica ocorre em praticamente todos os formatos e meios de comunicação: documentários de televisão, revistas de divulgação científica, artigos em periódicos, websites e blogs. Existem, inclusive, canais de televisão dedicados exclusivamente à divulgação científica, tais como Discovery Channel e National Geographic Channel, evidenciando o grande interesse dos meios de comunicação por fazer da ciência um de seus temas centrais.




Leia atentamente o texto a seguir:


A criança tem mais de cinco anos e ainda faz xixi na cama durante a noite? Se sim, ela pode estar sofrendo de enurese noturna, um transtorno em que ocorre a perda involuntária de urina durante o sono uma ou mais vezes por semana. Esse problema afeta cerca de 10% das crianças entre 5 e 17 anos. A enurese não é uma doença, e sim uma condição clínica relacionada à hereditariedade e que tende a se resolver espontaneamente com o passar da idade. Essa condição, conhecida popularmente como “xixi na cama”, afeta aproximadamente 15% das crianças aos 5 anos, 10% aos 7 anos, 5% aos 10 anos e 1% a 2% aos 15 anos. É mais comum em meninos do que em meninas. “A enurese pode levar à criança a enfrentar problemas emocionais e constrangimentos, como não poder dormir na casa de amigos, não participar de viagens escolares e ter dificuldades para se socializar adequadamente. Isso acaba afetando até mesmo seu desempenho escolar”, explicou o urologista pediátrico Ubirajara Barroso Junior, professor na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e na Escola Baiana de Medicina, além de ser secretário-geral da International Children’s Continence Society (Sociedade Internacional de Incontinência Urinária, ICCS). Barroso ressalta que os pais devem ter em mente que a criança não faz xixi na cama por vontade própria, e sim de maneira involuntária. Segundo ele, um estudo brasileiro mostrou que cerca de 40% das crianças que sofriam de enurese noturna eram punidas pelos pais, que acreditavam que o problema ocorria devido à preguiça ou à má vontade da criança em acordar e urinar. Outros 60% relataram ter sido alvo de algum tipo de punição física ou emocional.


Diante das ocorrências frequentes, como os pais podem distinguir se os episódios de xixi na cama são causados pela enurese ou apenas preguiça ou dificuldade da criança em abandonar as fraldas, por exemplo? O urologista Barroso explica que a regularidade dos eventos é um indicativo importante, juntamente com o histórico clínico da criança. “Se a criança já apresenta urgência para urinar durante o dia ou pequenos escapes, por exemplo, são sinais de que ela pode sofrer de enurese noturna”, afirma.


Mas afinal, qual é a causa da enurese? A enurese está relacionada à fisiologia do nosso corpo. De acordo com Barroso, há uma comunicação entre a bexiga e o cérebro: quando a bexiga está cheia, ela envia um sinal ao cérebro, que pode tomar duas decisões: ou enviar um comando para que o corpo vá ao banheiro, relaxe o assoalho pélvico e urine, ou enviar uma mensagem inibitória à bexiga para segurar a urina, permitindo que ela se encha um pouco mais antes de urinar mais tarde.


A tecnologia como aliada ao tratamento: A primeira abordagem no tratamento da enurese noturna é implementar mudanças comportamentais, como reduzir a ingestão de líquidos à noite, urinar antes de deitar-se e evitar o consumo de cafeína (pois ela estimula a bexiga).


Porém, há uma boa notícia: a tecnologia evoluiu. Em parceria com o urologista americano Andrew Kirsch, Barroso desenvolveu um dispositivo que impede a criança de urinar na cama e a condiciona a acordar quando a bexiga está cheia. Esse equipamento está sendo objeto de um estudo randomizado e controlado na Escola Baiana de Medicina e foi apresentado no mês passado no Congresso Americano de Urologia como uma das dez principais inovações tecnológicas em urologia. Após ser colocado na criança, o sensor é capaz de identificar quando ela tem o estímulo para começar a urinar na cama. Além de emitir um som para acordá-la (ou acordar os pais), ele aciona um mecanismo de neuroestimulação que fecha o esfíncter, impedindo o escape da urina. “A criança não chega a urinar. O alarme toca antes que saia a primeira gota”, afirma Barroso.


Por Agência Einstein. Disponível em: https://istoe.com.br/seu-filho-faz-xixi-na-cama-uma-solucao-tecnologica-pode-resolver-o-problema/ Adaptado para fins didáticos. Acesso em 26.abr.2023.



PROPOSTA DE REDAÇÃO: Você deverá extrair do texto acima informações suficientes para escrever um texto de divulgação científica sobre os estudos que revelam avanços tecnológicos para a enurese noturna, condição clínica mais conhecida como “xixi na cama”.  


Não se esqueça: o texto de divulgação científica deve ter vocabulário acessível, uma vez que é o canal para a “popularização da ciência”. Escreva de 25 a 30 linhas.


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