Resumir é apresentar certo conteúdo, quase sempre escrito, de modo seletivo e breve.
Um resumo deve ser:
Conciso, obviamente: corte, quando não forem determinantes ao assunto principal, os exemplos dados pelo autor, detalhes/dados secundários. O resumo não comporta comentário/opinião acerca do tema nem do posicionamento adotado pelo autor do texto-base.
. Em textos narrativos, convém eliminar os discursos diretos – dê preferência aos discursos indiretos, pois são mais econômicos; é preciso mencionar: fato/ação principal, personagens principais (por vezes, é possível eliminar figurantes), além dos elementos: quando, onde e como?, por quê (se houver justificativa)? e desfecho.
. Em passagens descritivas, convém economizar, o quanto possível, adjetivos e advérbios, sobretudo os repetidos ou inexpressivos.
. Em textos dissertativos, comece grifando as palavras-chave (substantivos e verbos) de cada parágrafo ou sentença; detecte o assunto/a questão central e o ponto de vista do autor sobre o assunto; veja se há intercalações desnecessárias (advérbios e adjetivos) ou excesso de organizadores textuais (conjunções), e corte-os; faça um apanhado dos principais argumentos pertinentes ao assunto central.
. Em textos expositivos, grife as palavras-chave (substantivos e verbos) de cada parágrafo ou sentença; detecte o assunto central; elimine intercalações ou organizadores textuais em excesso; recolha as principais informações e recomponha o texto.
Pessoal: escrito, o quanto for possível, com palavras próprias; é o resultado da sua leitura do texto-base.
Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele deve trazer as ideias centrais do texto-base, de preferência na ordem em que foram apresentadas. Cuidado com a coesão textual – o uso correto das conjunções, preposições e pronomes.
COMANDO: Imagine que o jornal do
colégio em que você estuda queira fazer uma matéria sobre a Campanha da
Fraternidade 2023, que pretende refletir sobre a fome. Imagine que coube a você
fazer o RESUMO dos textos abaixo para compor a matéria. Escreva de 10 a 15
linhas.
Texto 1
Num país como o Brasil, líder
mundial na produção de alimentos, ver pessoas passando fome revela muito sobre
nossa economia, nossa cultura, nossa política e nossos cidadãos. Afinal, como
podemos admitir que pessoas, famílias e até comunidades inteiras passem fome? A
Campanha da Fraternidade 2023 propõe refletir o tema da fome a partir da
perspectiva cristã, entendendo, sobretudo, que não existe fé sem obras e que
qualquer discurso religioso sem uma prática de vida coerente torna-se estéril e
vazio. (...) Infelizmente, a situação da fome se agrava porque estamos em
cultura de indiferença e resignação que, muitas vezes, é transmitida dentro de
casa e reforçada na convivência social. (...) Muitas vezes, crianças são
ensinadas a desconfiarem e a odiarem os pobres. Desse modo, as escolas
católicas têm o dever moral de desconstruir esse julgamento e formar a
consciência de crianças, jovens e pais para a empatia, a justiça, a
solidariedade e o senso de fraternidade.
Sensibilizar a sociedade e a
Igreja para enfrentarem o flagelo da fome. Pela terceira vez, a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aborda um triste cenário que afeta a vida
de milhões de brasileiros e brasileiras. É tempo de cuidar de quem tem fome e
refletir sobre os paradoxos e contrastes de um país chamado de “celeiro do
mundo”, enquanto nele crescem os números do desperdício e se multiplicam os que têm fome e sede de
justiça. A solução para a superação desse triste contexto está no exercício da
fraternidade, da prática do amor que Cristo nos ensinou.