O RELATO é um dos gêneros discursivos mais utilizados no dia a dia das
pessoas. Toda vez que contamos ou escrevemos sobre algo que aconteceu no
colégio, na festa de aniversário, no acampamento etc., estamos relatando episódios.
Pode-se dizer que o Relato é o registro de um fato marcante na vida do relator
(de quem relata).
No RELATO DE
EXPERIÊNCIA, como o próprio nome adianta, constam experiências, surpresas,
incidentes e situações vividas pelo relator/autor. O Relato é escrito,
predominantemente, no tempo passado.
O Relato pode ser conduzido na 1ª pessoal do singular, quando a voz
presente no texto é a do próprio relator/autor; pode também ser conduzido na 1ª
pessoa do plural, quando há mais de uma pessoa envolvida no evento a ser relatado.
É preciso equilibrar segmentos narrativos e descritivos, a fim de que, além do
bom relato, personagens, espaço e cenas sejam bem “desenhados”.
Para a produção de um Relato de Experiência, o quanto possível, até o
final do texto, o leitor deverá encontrar respostas para:
. quem?: apresentação do relator e das personagens (quando as personagens
forem determinantes ao Relato);
. o quê?: fato a ser relatado;
. quando?: demarcação do fato no tempo – no verão passado, por exemplo;
. onde?: lugar em que aconteceram os fatos a serem relatados;
. como?: desenrolar/dinâmica dos fatos;
. por quê?: fato causador;
. e então: impressões; saldo positivo ou negativo da experiência relatada.
LEITURA:
A
sociedade contemporânea enfrenta desafios significativos no que diz respeito à
polarização e à falta de diálogo construtivo. Nesse contexto, promover a
cultura da amizade social torna-se uma necessidade urgente. A encíclica
Fratelli Tutti, escrita pelo Papa Francisco, oferece diretrizes valiosas sobre
como superar a polarização por meio da escuta ativa e do diálogo respeitoso. O
documento (Fratelli Tutti) enfatiza que todos os indivíduos merecem ser
tratados com dignidade, independentemente de suas diferenças, e que a negação
desse respeito leva à exclusão e à divisão. Reconhecer a humanidade
compartilhada é essencial para a construção de pontes e a superação das polarizações.
O Papa Francisco destaca que o diálogo construtivo é um antídoto poderoso
contra a polarização, pois oferece a oportunidade de buscar compreensão mútua e
encontrar soluções comuns. O diálogo inclusivo envolve não apenas aqueles com
visões semelhantes, mas também aqueles com perspectivas divergentes. A
encíclica aponta que, ao estabelecer um espaço de escuta e aceitação, é
possível construir pontes e alcançar a reconciliação. Para promover a amizade
social em uma sociedade polarizada, devemos aprender a escutar uns aos outros.
A escuta genuína e empática é essencial para compreender as perspectivas,
experiências e preocupações dos outros. Quando nos envolvemos na escuta ativa,
demonstramos respeito e consideração pelos sentimentos e opiniões daqueles que
pensam de forma diferente. Além disso, o diálogo aberto e construtivo
desempenha um papel fundamental na promoção da amizade social. É através do
diálogo que podemos compartilhar nossas próprias visões e ouvir pontos de vista
alternativos, buscando encontrar pontos em comum e superar as diferenças. O
diálogo nos convida a questionar nossas próprias suposições e preconceitos,
permitindo-nos crescer e expandir nossos horizontes. No entanto, o diálogo
eficaz requer paciência, humildade e o desejo de encontrar soluções comuns.
Devemos estar dispostos a ouvir e considerar diferentes perspectivas, mesmo que
inicialmente discordemos delas. Ao evitar a polarização e adotar uma abordagem
honesta e respeitosa em nossas interações, estamos abrindo portas para a
amizade e a compreensão mútua. Uma das principais vantagens da amizade social é
o apoio emocional. Amigos podem se tornar pilares essenciais quando enfrentamos
desafios e adversidades. Na Campanha da Fraternidade 2024 (cujo lema é Fraternidade
e Amizade social), a amizade social se torna ainda mais crucial, pois a
tecnologia e o ritmo acelerado da vida moderna podem levar à solidão e ao
isolamento social. Ter amigos próximos pode proporcionar uma sensação de
pertencimento e segurança, permitindo-nos compartilhar nossas preocupações e
obter apoio emocional. Além do apoio emocional, a amizade social também
desempenha um papel importante no nosso desenvolvimento pessoal. Ao interagir
com amigos, somos expostos a diferentes perspectivas, ideias e experiências de
vida.
Pe. Lício de Araújo Vale – Diocese de São Miguel
Paulista (SP)
CONTEXTUALIZAÇÃO:
Imagine que os alunos de sua sala sempre foram muito companheiros entre si, mas, de repente, instalou-se uma polarização, nunca antes vista. Por quê? O diretor do colégio, percebendo certa inimizade entre os alunos, pediu a você que organizasse uma atividade (qual?), a fim de que fosse recobrada a harmonia e vivenciada a “Amizade
social”.
COMANDO:
Escreva, em aproximadamente 30 linhas, um RELATO DE EXPERIÊNCIA a respeito de como
tudo aconteceu.