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EFAF - POEMA - EXPANSÃO COMERCIAL EUROPEIA

POEMA - EF ANOS FINAIS

EXPANSÃO COMERCIAL EUROPEIA

POEMA

ID: I31




Você já sabe, mas não custa lembrar...

Jornalistas, historiadores, chargistas, escritores, poetas, muitas vezes, utilizam-se dos mesmos fatos sociais para a produção de textos. Entretanto, Miguel de Cervantes, escritor espanhol, nos ensina que “Uma coisa é escrever como poeta, outra como historiador: o poeta pode contar as coisas não como foram, mas como deveriam ter sido, enquanto o historiador deve relatá-las não como deveriam ter sido, mas como, realmente, foram – sem acrescentar ou subtrair da verdade o que quer que seja”.


Textos literários e Textos utilitários

Quem faz literatura não tem o compromisso nem com a verdade nem com a objetividade daquilo que escreve. Esse compromisso é, em especial, dos jornalistas, responsáveis por transmitir, legítima e objetivamente, os fatos, por meio das notícias, que são chamadas textos utilitários (ou não literários). Os textos utilitários cumprem a “função referencial da linguagem”. Poetas e escritores, os quais desenvolvem textos literários, têm a missão de arranjar a mensagem, a fim de que o leitor sinta prazer na leitura. É isso o que chamamos “função poética da linguagem”.


As figuras de linguagem são ferramentas dos poetas

As figuras de linguagem são recursos que valorizam, que enfeitam a produção textual – elas são frequentemente exploradas ao longo dos textos literários. Metáfora, comparação, personificação e sinestesia são as figuras de linguagem mais usuais. Busque na Gramática definição e exemplos de cada uma dessas figuras de linguagem.


Observe as sentenças abaixo, as quais têm a mesma informação:

1. O pato morreu.

A informação é objetiva, sem enfeites; é um texto utilitário; cumpre a função referencial da linguagem.

2. A ave, agonizando, deu o último suspiro.


A informação é valorizada pelo emprego de figuras de linguagem; é um texto literário; cumpre a função poética da linguagem. (Perceba que a mensagem, tocada a sentimento, é mais importante do que a informação.)


Como escrever um poema? É só rimar “coração” com “emoção”...

Muitos acreditam que, para escrever um poema, é preciso compor estrofes (agrupamento de versos), saber rimar (repetição de sons iguais ou parecidos ao final dos versos) e metrificar (compor, em cada verso, o mesmo número de sílabas poéticas). Será?

É possível escrever um poema em prosa, agrupando versos (um verso é uma linha do poema), formando as estrofes, sem a obrigação de rimar nem metrificar. O poema em prosa é solto (ou livre). Qualquer poema pode ser escrito a partir de sentimentos (amor, angústia, medo, prazer etc.), objetos físicos (guarda-chuva, violão, gato etc.), abstrações (sombra, eco, vazio etc.) ou sociais (guerra, meio ambiente, desigualdade etc.). Os poemas, frequentemente, levam título.



LEITURA: 


A descoberta do caminho marítimo para a Índia é a designação comum para a primeira viagem realizada da Europa à Índia pelo Oceano Atlântico, feita sob o comando do navegador português Vasco da Gama durante o reinado do rei D. Manuel I, entre 1497 e 1498. Considerada uma das mais notáveis viagens da Era dos Descobrimentos, consolidou a presença marítima e o domínio das rotas comerciais pelos portugueses. (...) As especiarias eram consideradas o ouro das Índias. A canela, o gengibre, o cravo, a pimenta e açafrão eram produtos difíceis de obter, pelos quais se esperavam caravanas e mercadores experientes vindos do Oriente.


Um mercador de Lisboa descreve a rota terrestre da especiaria da seguinte forma: “Desta terra de Calecute vai a especiaria que se come em Portugal e em todas as províncias do Mundo; vão também desta cidade muitas pedras preciosas de toda a sorte. Aqui carregam as naus de Meca a especiaria e a levam a uma cidade que está em Meca que se chama Jeddah. E pagam ao grande sultão o seu direito. E dali a tornam a carregar em outras naus mais pequenas e a levam pelo Mar Ruivo a um lugar que está junto com Santa Catarina do Monte Sinai que se chama Tunis e também aqui pagam outro direito. Aqui carregam os mercadores esta especiaria em camelos alugados a quatro cruzados cada camelo e a levam ao Cairo em dez dias; e aqui pagam outro direito. E neste caminho para o Cairo muitas vezes os salteiam os ladrões que há naquela terra, os quais são alarves e outros.”

Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Descoberta_do_caminho_mar%C3%ADtimo_para_a_%C3%8Dndia. Adaptado. Acesso em 25.set.2023.



CONTEXTUALIZAÇÃO E COMANDO: Imagine que você seja um escrivão que estava numa da embarcações da frota de Vasco da Gama, quando foi descoberto o caminho marítimo para a Índia, evento a partir do qual a Europa, em especial Espanha e Portugal, se enriqueceram, haja vista o comércio das especiarias achadas na Índia. Imagine ainda que cabia a você, escrivão, registrar as descobertas em crônicas, que eram entregues a D. Manuel I. Ocorre que, certa vez, a partir desse contexto, você resolveu escrever um POEMA.


Mãos à obra! Escreva de 15 a 20 versos (rimados/metrificados ou não). Atribua um título ao poema. Não economize criatividade nem... sensibilidade!

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