Narrar é contar uma história real ou fictícia, verossimilhante
ou fantástica, cujas ações podem se desenvolver no presente, no passado ou no
futuro.
A
trama (ou a história, o enredo) deve envolver personagens, os quais interagem
entre si, provocando cenas, em determinado lugar (pátio do colégio; Buenos
Aires etc.) e em determinada época (Natal; maio do ano passado etc.).
É
muito comum haver fragmentos descritivos ao longo dos textos narrativos, para
“desenhar” na mente do leitor aspectos das personagens (alto; tristonho etc.) e
dos ambientes (casa destelhada; jardins floridos etc.).
A
estrutura do texto narrativo, ainda que maleável, procura seguir: apresentação
das personagens, com a inserção delas no espaço e no tempo; conflito (situações
em que as personagens começam a interagir, a partir de um acontecimento),
clímax (instante de maior tensão dentro da trama) e desfecho (final da trama).
Desse
modo, até o final da narrativa, o leitor deverá encontrar respostas para: o
quê?, quem?, como?, quando?, por quê?, e então...
Em
narrativas de humor, geralmente, exploram-se personagens caricaturais, que agem
de modo inesperado, disparatado, cômico. Nas produções de textos escolares, o
humor há de ser leve e refinado!
Leia atentamente o fragmento de Gislaine
Buosi, extraído de “Um herói e tanto”:
“Apolinário, acorda! Tem ladrões no quintal! Calça os
chinelos! Anda!”, dizia, insistentemente, a Elza. Àquela altura, as três
crianças já estavam acordadas, e então as quatro chacoalhavam aquele corpo
mole, outrora – será? – forte, bravo, briguento, destemido e corajoso... herói!
Apolinário, sem outra opção, levantou-se, espiou pela fresta. Tudo confirmado:
laranjeira tremelicando, varal de roupas vazio.
Foi então que ele...
COMANDO:
Você está diante de uma
situação comunicativa das mais interessantes! Explore-a numa
NARRATIVA DE HUMOR. Aproveite
todos personagens trazidos pelo fragmento. Escreva de 25 a 30 linhas.
Não economize nem
criatividade, nem bom humor!
SUPER DICAS:
üPara prender a atenção do
leitor, pense em tramas originais e criativas; pense, principalmente, em
situações e desfechos surpreendentes.
üEsteja
certo de que ninguém pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.
üNão
tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do
que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo...
üAntes
de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a
autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto é fácil de ser entendido, se
as frases e os parágrafos estão bem ligados, se as ideias estão numa sequência
cronológica e não se embaralham, se não há repetições nem sobra de palavras, se
a ortografia, as regras de acentuação gráfica, a pontuação e os plurais estão
corretos.