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EFAF - HQ - FAMÍLIA, DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

HQ - EF ANOS FINAIS

FAMÍLIA, CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

HISTÓRIA EM QUADRINHOS

ID: IWV



Você já sabe, mas não custa lembrar...

Histórias podem ser contadas por diferentes maneiras, entre as quais citamos: livros, filmes, desenhos, mímicas, cantigas, encenações e também por meio da sequência de quadrinhos – a esse gênero textual chamamos “HQ” – História em Quadrinhos. O profissional que compõe os quadrinhos é o quadrinista. Maurício de Sousa, o pai da Turma da Mônica, é referência na criação de HQs.

Como toda narrativa, a HQ contempla enredo, personagens, tempo e lugar. As personagens são estáveis, quer dizer, uma vez apresentadas e conhecidas do público leitor, não é preciso apresentá-la em todas as HQs. Por exemplo: os leitores da Turma da Mônica já sabem que o Cascão não toma banho, que a Magali é comilona, que a Mônica é mandona etc.

Os quadrinhos exploram, numa sequência lógica/cronológica, cenas vividas pelas personagens, que falam por meio da escrita nos balões, os quais podem variar de tamanho e formato, colaborando com o sentido da mensagem: há balões que indicam sonho, chuva, estrondo e até mesmo os vazios, que indicam silêncio. As HQs contêm título.



https://fce.edu.br/blog/wp-content/uploads/2018/08/HIST%C3%93RIA-EM-QUADRINHOS-UMA-PROPOSTA-PARA-A-FORMA%C3%87%C3%83O-DE-LEITORES-760x490.jpg



Outra aliada do quadrinhista é a onomatopeia, a figura de linguagem que consiste em reproduzir, com a palavra escrita, ruídos (poff!; pá!; chuá, chuá!; blém! etc.), “vozes” de animais (miau; cocoricó; au, au etc.) e outros sons que podem ser escritos, muitos deles, inclusive, já dicionarizados (atchim; hummm; tique-taque; pingue-pongue; tum-tum etc.).

Percebemos então que, muito embora o enredo seja curto, o quadrinhista pode contar com a linguagem verbal (palavras escritas) e a não verbal (imagens que materializam contexto e características das personagens – tristes, irritadas, ansiosas etc.), as linhas de movimento (ou linhas cinéticas), o que rendem uma leitura rápida, levando ao leitor entretenimento, informação, ironia e até criticidade.

Tais como acontecem nos demais gêneros narrativos, situações de conflito, que encaminham ao clímax e, consequentemente, ao desfecho fazem parte da HQ. Além disso, há finais abertos bem criativos – aliás, a criatividade é algo que não pode faltar na HQ.

Situações cotidianas, atuação de super-heróis, releitura de clássicos da literatura e recortes históricos são muito explorados pelos quadrinhistas.


LEITURA: O poema abaixo, FAMÍLIA, de Carlos Drummond de Andrade, é o ponto de partida para a composição de uma HQ:




COMANDO: Depois de uma análise o poema, crie uma HISTÓRIA EM QUADRINHOS. Você percebeu que, ao longo do poema, há verbo de ação apena nos versos 6, 12 e 17 (“e a mulher que trata de tudo”). Além disso, trata-se de uma "família" que viveu num tempo em que é o atual, o que se constata pela presença de elementos como "o gramofone rouco". Procure explorar também esses detalhes. Componha no mínimo, seis e no máximo 10 quadrinhos.





Para isso, você deverá utilizar a linguagem verbal e a não verbal, além de linhas de movimento (ou linhas cinéticas), onomatopeias, metáforas visuais, interjeições e balões de formatos diversificados.

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