Malala Yousafzai é militante dos
direitos as crianças
Jovem paquistanesa que foi vítima
de um atentado, por defender o direito das meninas de irem à escola, Malala
Yosafzai, aos 17 anos, foi a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.
Infância: Malala Yousafzai nasceu
no Vale do Swat, no norte do Paquistão, em 12-6-1997. Filha de Ziauddin
Yousafzai e de Tor Pekai Yousafzai, ao nascer, nenhum vizinho foi dar parabéns
aos seus pais. Em regiões do Paquistão, como no Vale do Swat, só o nascimento
de meninos é celebrado. As meninas são obrigadas a se casar cedo, têm filhos
aos 14 anos, porém “Malala”, que significa “tomada pela tristeza”, escapou
desse destino, graças à sua família, que sempre apoiou sua vontade de estudar.
Sua mãe vivia na cozinha, e seu
pai, um professor e dono de escola, viu em Malala uma aluna perfeita e,
contrariando os hábitos locais, depois de colocar os dois filhos para dormir,
estimulava a filha a gostar de Física, Literatura, História e Política; também incentivou
a menina a se interessar, refletir e se indignar com as injustiças sociais.
Aos 10 anos, Malala viu o Talibã
fazer do Vale do Swat seu território. Sob o governo paralelo da milícia
fundamentalista, as escolas foram obrigadas a fechar as portas – as que desobedeceram foram
dinamitadas. Nessa época, Malala estudava na escola da qual seu pai era dono e
que, como as demais, teve de ser fechada.
Em 2008, aos 11 anos, Malala já
defendia em seu blog o direito de as meninas frequentarem a escola. Aos 12
anos, ela própria, para ir à escola, escondia o uniforme dentro da mochila para
não ser espancada no caminho. Nessa época, foi registrado em um documentário,
feito pelo New York Time, a afirmação de Malala: a menina queria ser médica e,
para isso, continuaria estudando, em qualquer outro lugar.
Malala sofre um atentado: Em 2010,
embora o governo tivesse anunciado a expulsão do Talibã da região do Vale do
Swat, no Paquistão, a milícia continuava rondando a área. Malala, que já era
conhecida por defender, em entrevistas e palestras, o direito das meninas à
educação, passou a receber ameaças de morte. Em 9-10-2012, aos 15 anos, o
ônibus escolar em que ela estava foi parado por membros do Talibã, que subiram
a bordo e perguntaram: “Quem é Malala?” Ninguém respondeu. Contudo, um dos
terroristas a reconheceu, e disparou três tiros na cabeça dela.
Exílio na Inglaterra: Malala foi
socorrida e levada para um hospital, onde permaneceu em estado grave. Assim que
melhorou, foi levada para Birmingham, na Inglaterra, para ser tratada em um
hospital especializado no atendimento aos feridos de guerra. Malala sobreviveu
ao atentado, recuperou-se e não recuou de suas convicções. Tornou-se porta voz
de uma causa – o direito à educação. Sua família mudou-se para Birmingham, onde
vive exilada.
Discurso na ONU: Em 12-7-2013, aos
16 anos, Malala foi para Nova Iorque, onde falou para uma plateia de
representantes de mais de 100 países, na Assembleia de Jovens das Nações
Unidas. No fim do discurso, deixou claro que permanece a causa pela qual ela
quase morreu: “Nossos livros e canetas são as armas mais poderosas. Uma
criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. Educação é a
única solução.”
Livro e Prêmios: Em outubro de
2013, sua história foi pulicada na autobiografia “Eu Sou Malala”, por Christina
Lamb. Malala anunciou a criação de um fundo que leva seu nome para promover a
educação para meninas no Paquistão. Em 10-10-2013, Malala recebeu o Prêmio
Sakharov, dado pelo Parlamento Europeu. Em 10-10-1014, aos 17 anos, Malala
recebeu o “Prêmio Nobel da Paz”, tornando-se a mais jovem ganhadora da
premiação. A honraria foi dividida com o hindu Kailash Satyarthi, de 60 anos,
que liderou missões para resgatar 80 mil crianças que trabalhavam em condições
de escravidão, na Índia. Em 29-3-2018, Malala voltou ao Paquistão, depois de
seis anos, quando se encontrou com o primeiro-ministro paquistanês, na capital
Islamabad. Malala fez um breve discurso, e, emocionada, disse que, se
dependesse dela, jamais teria deixado o Paquistão.
Graduação: Em 2020, com 22 anos,
oito anos após sofrer o atentado, Malala Yousafzai concluiu a faculdade de
Filosofia Política e Econômica, pela Universidade de Oxford.
FRAZÃO, Dilva. Fonte:
https://www.ebiografia.com/malala/. Adaptado. Acesso em 13.set.2023.
COMANDO: A partir dos dados
biográficos da ativista paquistanesa Malala Yousafzai, escreva uma ENTREVISTA.
Para isso, considere os fatos mais importantes de sua vida, em especial o atentado
que sofreu, em represália à luta pela educação das meninas no Paquistão.
Veja como vai ser fácil: Componha de seis a oito perguntas e extraia do
texto as respectivas respostas – para isso, antes, leia e grife dos textos
fragmentos importantes sobre a vida e a atuação de Malala – eles serão, depois
de ajustados, as “respostas” às perguntas que você criará. Obviamente,
perguntas e respostas precisam ter coerência.
Só para lembrar...
ENTREVISTA é gênero textual do
domínio do discurso jornalístico; é o diálogo entre entrevistador (jornalista)
e entrevistado (personagem do fato/da notícia).
Como fazer?
Preliminarmente, o
jornalista/entrevistador indaga e ouve as narrativas do entrevistado. A partir
da coleta dessas informações, a entrevista é redigida, com a apresentação,
ainda que breve, da revista/do jornal entrevistador, da biografia do
entrevistado, do tema da entrevista e da respectiva importância dele no
contexto em que está inserido (social, político, econômico, cultural etc.). Em
seguida, alternam-se perguntas (do entrevistador) e respostas (do
entrevistado). Para a sequência dialogal de perguntas e respostas, são
utilizadas rubricas que identificam o entrevistador e o entrevistado.
Geralmente, atribui-se um título (geralmente, o nome do entrevistado) e um subtítulo
(geralmente, uma frase de efeito colhida das falas do entrevistado).
IMPORTANTE: O entrevistador precisa
estar atento na elaboração das perguntas, que devem ser objetivas/curtas.
Obviamente, as falas do entrevistador não devem ser maiores que as do
entrevistado.