O ensaio é um texto opinativo-reflexivo em que o autor, geralmente a partir de um fragmento de viés filosófico, expõe suas percepções acerca do tema ali proposto. Em outras palavras, no ensaio há uma análise subjetiva de determinado assunto.
O termo “ensaio” traz em si a noção de “ensaiar” – ou seja, há tentativas de acerto e erro na interpretação/análise do tema. O gênero adota um fluxo natural de ideias, sem, contudo, obedecer a uma estrutura fixa de composição. É preciso cuidar da organização do pensamento, sem que isso resulte na rigidez dos textos dissertativos-argumentativos tradicionais – como o artigo de opinião, o editorial etc.
O termo “ensaio” foi utilizado pela primeira vez no século 16, pelo filósofo e humanista francês Michel de Montaigne (1533-1592), com a publicação de sua obra Les Essais (Os Ensaios), em 1580.
Ensaio Literário e Ensaio Acadêmico
O ensaio literário nem sempre traz uma fundamentação científica, ao contrário do ensaio acadêmico em que a pesquisa científica é obrigatória.
Assim, no ensaio literário, conta mais a percepção do autor e o modo de registrar/escrever o que percebe. A linguagem simples/acessível é característica do ensaio, que também privilegia a originalidade da abordagem – o autor procura distanciar-se do “lugar comum”, oferecendo ao leitor abordagens diferenciadoras.
O título é sempre bem-vindo ao ensaio literário.
COMANDO: O tema de seu ENSAIO LITERÁRIO é: Escolhas e consequências - meu futuro depende de mim?
Os fragmentos a seguir devem servir de inspiração para sua produção textual:
1. Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências. (Pablo Neruda, escritor e político chileno.)
2. Uma pessoa imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos. Uma pessoa madura sabe que todas as escolhas têm perdas. (Augusto Cury, psiquiatra, professor e escritor brasileiro.
3. A vida é a soma das suas escolhas. (Albert Camus, escritor, filósofo, romancista, dramaturgo, jornalista e ensaísta franco-argelino.)
4. Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência. (Deuteronômio, 31.)
Escreva de 25 a 30 linhas.
ALERTA! Cuidado com as armadilhas da primeira pessoa: Ainda que você desenvolva um texto opinativo-reflexivo, não escreva: “eu acho que”; “na minha opinião”; “no meu modo de pensar” etc., porque essas expressões são consideradas armadilhas da primeira pessoa.