O EDITORIAL
é um texto de caráter expositivo-argumentativo, veiculado em jornais e
revistas. O editorialista (quem escreve o editorial) focaliza um tema atual e
polêmico, de viés político, econômico, social, educacional etc., a partir do
qual firma suas argumentações. O Editorial surge nas primeiras páginas do
jornal ou da revista, explorando, geralmente, a matéria da capa.
Como fazer
um EDITORIAL?
üA estrutura
segue a dos demais gêneros de caráter dissertativo: tema, reflexão/discussão e
conclusão.
üÉ escrito,
preferencialmente, na 3ª pessoa do singular.
üA linguagem
depende do público-alvo – é preciso considerar, entre outros aspectos, o
caráter da revista/jornal (científico, religioso, jurídico, político etc.) e,
consequentemente, a faixa etária dos leitores.
Leituras:
Meninas
faltam à aula e presidiárias recebem apenas 8 absorventes (por mês) ou tampões
menstruais — “pobreza menstrual” é o termo usado para definir a falta de acesso
a produtos de higiene específicos. Isso é um problema que afeta mulheres de
todos os países. Desde 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece
que o direito das mulheres à higiene menstrual é uma questão de saúde pública e
de direitos humanos. Porém, o que deveria ser um direito é, muitas vezes, um
luxo. A ONU estima que 1 em cada 10 meninas perde aula quando está menstruada. No
caso das mulheres encarceradas, cabe destacar que, conforme prevê a Lei de
Execução Penal, o direito à saúde integral deveria ser garantido pelo Estado na
forma de atendimento médico, farmacêutico e odontológico. Nessa lógica, as mulheres
detentas deveriam, por lei, ter acesso aos itens de higiene básica, o que está
longe de ser realidade.
Por Bianca Tracanella, Bruna Ferrari, Carolina
Vargas, Denise Alves, Gleice Prado, Heloisa Aguiar e Isabela Reis*
Reportagem desenvolvida por estudantes de
jornalismo da Universidade São Judas, orientada pelo professor José Augusto M. Lobato
e editada por Maria Teresa Cruz.
A menstruação é parte normal da vida
da mulher e, por isso, deveria ser tratada com normalidade. Num único dia,
centenas de milhões de mulheres e meninas menstruam. Porém, a menstruação continua sendo
motivo de constrangimento e objeto de desinformação. Em algumas
culturas, a discriminação é institucionalizada – as mulheres não devem falar sobre o assunto e são mantidas longe
da vida social. Em outras, a discriminação é mais velada, mas existe, em forma
de uma série de restrições impostas às mulheres, independentemente se crianças
ou adultas. Estigmatizar a menstruação é uma forma de impedir que meninas e
mulheres ocupem os mais diversos espaços na sociedade. Não raro, há tabus em
torno da menstruação, o que abre espaço para que os homens continuem ocupando,
quase que exclusivamente, os espaços públicos mais importantes.
BASSOLI,
Melina. Disponível em: https://medium.com/qg-feminista/pobreza-menstrual-a87f7b0bb058.
Acesso em 7 nov.2025. Adaptado.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, escreva um EDITORIAL,
sobre o tema POBREZA MENSTRUAL. Procure deixar claro o conceito, as
causas e as consequências dessa situação.