DIÁRIO é escrita pessoal, sem formalidades, sem protocolos estruturais. É um gênero textual que se utiliza de episódios descritivos (para individualizar cenas, pessoas, coisas) e narrativos (para relatar a trajetória de um dia – daí, então, “diário”). O texto é conduzido na 1ª pessoa do singular e os verbos são empregados, geralmente, no passado.
Certos escritores personificam o diário, quer dizer, atribuem a ele um nome, dialogam o tempo todo com o diário, tornando-o uma espécie de amigo ou confidente. É comum, também, a cada página escrita, cumprimentarem e despedirem-se do “amigo”. Geralmente, constam data e vocativo.
Texto-base para a atividade:
Irena Sendler (1910-2008) foi uma assistente social
polonesa que ajudou judeus em Varsóvia durante a ocupação alemã. Tornou-se uma
importante ativista do Zegota, após sua fundação, no outono de 1942. A partir
de 1943, como chefe da Seção Infantil, usou seus contatos com orfanatos e
outras instituições para encontrar esconderijo para crianças. O número exato de
crianças que ela salvou por meio desse trabalho é desconhecido, mas as
estimativas chegam a 2.500. Sendler tinha 29 anos quando os alemães ocuparam
Varsóvia, no início da Segunda Guerra Mundial. Ela arriscou a vida para ter
acesso ao Gueto de Varsóvia, depois que ele foi trancado, em novembro de 1940, quando
obteve uma licença para inspecionar as condições sanitárias. Ela usou seu
acesso para ajudar a contrabandear pessoas para fora do gueto. (...) Em
setembro de 1943, Sendler foi nomeada chefe da Seção Infantil e ajudou a
colocar crianças abandonadas após a destruição final do gueto em orfanatos e
instituições religiosas nas cidades de Varsóvia e Lublin, além dos arredores.
Foi presa, torturada e condenada à morte na prisão de Pawiak, em outubro de
1943. Foi libertada em fevereiro de 1944, depois que o Estado secreto polonês
garantiu sua libertação, subornando funcionários, e, após isso, ela continuou a
trabalhar para a resistência, passando um breve período escondida. Ao lhe
pedirem para explicar suas ações, ela respondeu: “Fui ensinada por meu pai que,
quando alguém está se afogando, você não pergunta se ele sabe nadar – você
apenas pula e ajuda”. Recebeu o título de Justo entre as Nações em 1965. Morreu
em Varsóvia em 2008, aos 98 anos.
Disponível em: https://aboutholocaust.org/pt/facts/quem-foi-irena-sendler-e-por-que-ela-contrabandeou-criancas-judias-para-fora-do-gueto-de-varsovia.
Acesso em 6.ago.2024.
CONTEXTUALIZAÇÃO E COMANDO: Imagine que você seja Irena Sendler, que, após um dia
exaustivo, tenha decidido registrar, em uma página de diário, como conseguiu
driblar a polícia, e, então, esconder duas crianças que estavam num gueto, em
Varsóvia. (Se for preciso, consulte outras fontes para saber mais sobre a vida
de Irena Sendler.)
Mergulhe nessa situação! Viva a experiência de ter sido “O
Anjo do Gueto de Varsóvia”. Já imaginou por quantos desafios e perigos Irena não
passou para salvar famílias judias?
Não se esqueça de inserir, em meio ao fato que você vai narrar, passagens descritivas – elas são essenciais para definir personagens e ambientes.
Não economize sensibilidade! Na página de diário do "Anjo de Guetod e Varsóvia" cabe o universo!
IMPORTANTE: Antes de entregar seu texto ao corretor, revise-o: verifique a ortografia, a pontuação, a acentuação gráfica, as concordâncias, as regências, a estrutura textual (começo, meio e fim – atenção à cronologia).