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EFAF - CORDEL - ANCESTRALIDADE AFRICANA

POEMA - EF ANOS FINAIS

ANCESTRALIDADE AFRICANA NO BRASIL

CORDEL – ID: KY6


CONTEXTUALIZAÇÃO: A ancestralidade africana é essencial para compreender a identidade cultural brasileira, uma vez que nossa formação resulta da interação entre diferentes matrizes. No Nordeste, esse legado se manifesta, especialmente, na literatura de cordel, marcada pela oralidade, pelo ritmo e pela preservação de memórias coletivas, em versos populares. Ignorar essa herança e reduzir a cultura a um padrão europeu é reforçar estereótipos e apagar a diversidade de nossas origens.

O Brasil nasceu do encontro, muitas vezes violento, de indígenas, africanos e europeus. A África não é homogênea: há no continente mais de duas mil línguas e expressões culturais diversas, como as danças mascaradas da Nigéria, o canto griô do Senegal e as narrativas de resistência de Angola e Moçambique. Esse patrimônio atravessou o Atlântico com pessoas escravizadas, que mantiveram vivas tradições que hoje se mesclam ao cotidiano brasileiro. Jarid Arraes, cordelista cearense, e Mestra Nega Duda, no samba de roda da Bahia, resgatam essas memórias em versos e cantos que afirmam identidade e resistência, dando visibilidade a pessoas e situações historicamente apagadas. Reconhecer essa ancestralidade, excepcionalmente em sala de aula, fortalece o pertencimento, a autoestima e a compreensão de que a identidade brasileira se constrói no plural, com raízes que alimentam criatividade e esperança.

 

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