O CONTO DE SUSPENSE, como o próprio nome diz, caracteriza-se pela atmosfera de
mistério. O narrador, para prender a atenção do leitor, pensa em tramas envolventes,
pontuadas com reviravoltas e situações inusitadas, intrigantes...
Desde o início da
narrativa, o escritor propõe um “jogo” com o leitor, que, curioso, quase que automaticamente,
se comporta como um investigador.
A fim de seduzir o
leitor, o narrador cria uma situação inicial comum – situa personagens no tempo
e no espaço, para em seguida, envolvê-los em complicadores, muitas vezes,
aparentemente, sem sentido. Até o final da história, o leitor levanta muitas hipóteses
a respeito dos fatos para, em seguida, o narrador surpreendê-lo com a revelação
do enigma. Procure se lembrar de
cenas/episódios de mistério aos quais você, certamente, já assistiu.
O texto não-verbal e a contextualização a seguir são
o ponto de partida para sua redação:
CONTEXTUALIZAÇÃO: A casa da esquina é do Tio
Alfredo, um velhinho italiano, alfaiate. Ele, de fato, não é seu tio, mas tanto
você quanto toda a vizinhança o chamam por “tio”.
Ocorre que, de repente, o Tio Alfredo sumiu... O
guarda-noturno diz que, pela madrugada, ouve choro de criança e uivos, ao que
parece, de lobos, que vêm do quintal...
Puxa vida! Mas não há mais ninguém na casa! Para
onde foi o Tio Alfredo?
Há, de fato, crianças e lobos... no quintal? Hei! Parece
que ontem as janelas estavam fechadas e hoje... estão... abertas! Meu Deus! Que
mistério é esse?!
COMANDO: Aqui está uma situação comunicativa das
mais... intrigantes! Você deverá explorá-la e desenvolver um CONTO DE SUSPENSE.
Antes de começar a escrever, pense, levante
hipóteses, crie o suspense. Não economize criatividade! Deixe seu leitor
intrigado, para, ao final, surpreendê-lo.
SUPER
DICAS:
. Esteja certo de que
ninguém pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.
. Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre
melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo...
. Até o final de seu conto, o leitor pretenderá encontrar
respostas para: o quê?, quem?, como?, quando?, por quê?, e então...
. Antes de entregar sua produção textual ao corretor,
releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu
texto está fácil de ser entendido, se as frases e parágrafos estão bem ligados,
se as ações seguem numa sequência cronológica e não se embaralham, se não há repetições
nem sobra de palavras, se a ortografia, a acentuação gráfica, as pontuações e
os plurais estão corretos.