Você deve conhecer alguns casos de racismo que
aconteceram nos estádios de futebol. Nos últimos dias, muito tem se falado
sobre o que aconteceu com o jogador brasileiro Vini Junior, considerado um dos
melhores do mundo, e que hoje veste a camisa do Real Madrid. Ele foi vítima,
mais uma vez, do chamado racismo recreativo, que é o preconceito que acontece
disfarçado de piada. Geralmente reproduzido em ambientes como estádios, campos
de futebol e palcos de stand up comedy, o racismo recreativo costuma diminuir
pessoas negras, asiáticas e indígenas, mostrando-as como incompetentes e
reforçando estereótipos. É o que acontece, por exemplo, quando a imagem do
homem negro é associada à de um assaltante, e a mulher negra é retratada de
maneira sexualizada. E, quando criticados, os autores das “piadas” se defendem
afirmando não serem racistas, e que a sua fala foi apenas uma brincadeira.
Será?
Por que o racismo recreativo é tolerado?
Gritos de “Vinicius eres un mono”, em português
“Vinicius é um macaco”, voltados para o jogador brasileiro, trouxeram luz para
um assunto que muitas vezes passa despercebido na sociedade. Tudo isso porque o
racismo recreativo é tolerado por muitos, que não o enxergam como racismo em
si, e sim como piada, principalmente quando acontece nos palcos dos shows de
comédia. O racismo se manifesta de diferentes formas, e o humor é uma delas, que
diminui/ofende pessoas não-brancas. E é por isso que muitas pessoas dão risadas
dessas piadas racistas. Para algumas, não há preconceito algum ali, e sim
“liberdade de expressão” e “lazer”. Outros, por sua vez, encontram no humor uma
forma de externar seus próprios preconceitos.
Como combater o racismo recreativo?
O racismo está enraizado em nossa sociedade, e por isso é importante
manter a ''vigilância'' para não acabar reproduzindo comportamentos e falas
racistas. O primeiro passo para combater o racismo recreativo é parar de fazer
e rir de falas e “piadas” que diminuem pessoas negras, tendo consciência que é
possível fazer humor sem ofender e causar danos. Outra estratégia para combater
o racismo recreativo é a Educação. Seja no Brasil ou em outro país, crianças,
adolescentes e adultos reproduzem comportamentos aprendidos dentro da própria
sociedade e no meio familiar. Por isso a principal chave para combater esse
preconceito é a Educação.
Postado por Daniele Marques. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/noticias/racismo-recreativo-o-que-e-e-por-que-e-tolerado.
Adaptado para fins didáticos. Acesso em 1.jun.2023.
COMANDO: Com base nos textos apresentados e em seus próprios
conhecimentos, escreva um ARTIGO DE OPINIÃO sobre o tema: RACISMO RECREATIVO? ISSO NÃO TEM A MENOR GRAÇA - É CRIME!
Você já sabe...
O ARTIGO DE OPINIÃO, como o próprio nome adianta, é um texto em que o
autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema polêmico. É um gênero
textual que se apropria, predominantemente, do tipo dissertativo.
Dá-se o nome de articulista àquele que escreve o Artigo, que é um serviço
prestado ao leitor, com o objetivo de convencê-lo acerca não só a respeito da
importância do tema ali enfrentado, como também da relevância do posicionamento
do articulista. São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia –
tudo baseado em informações factuais.
O
Artigo é, geralmente, escrito na primeira pessoa do discurso, contém título e
assinatura.
A estrutura do Artigo de opinião, ainda que maleável, procura seguir:
. Introdução, com a apresentação do tema e da tese a ser defendida;
. Desenvolvimento, com as argumentações e/ou exemplificações para a
defesa da tese e
. Conclusão, com a reafirmação da tese e a provocação do leitor,
encaminhando-o para as próprias reflexões.
ALERTA! Cuidado com as
armadilhas da primeira pessoa: Ainda que você desenvolva um texto de opinião,
não escreva: “eu acho que”; “na minha opinião”; “no meu modo de pensar” etc.,
porque essas expressões são consideradas armadilhas da primeira pessoa.
IMPORTANTE:
. Dê um título ao texto.
. Não há necessidade de assinar.
. Escreva, no mínimo, 15 linhas.
. Utilize, obrigatoriamente, um argumento de exemplificação e autoridade.