EFAF - ARTIGO DE OPINIÃO - ESPORTE E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
ARTIGO DE OPINIÃO - EF ANOS FINAIS
ESPORTE E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
ARTIGO DE OPINIÃO
ID: HID
Texto I
Copa do Mundo também é período de lutas por
direitos. Perseguição, assédio sexual e estupro são formas graves de violência,
e tudo isso tem acontecido no esporte. Para ajudar mulheres que, como atletas ou
torcedoras, já passaram por casos como esses, a Defensoria Pública do Rio de
Janeiro lançou a cartilha Mulheres no Esporte, com conteúdo informativo sobre
as diversas formas de violência e sobre a rede de atendimento. A defensora
Flávia Nascimento explica que a ideia surgiu de uma demanda da própria
população feminina. “A gente foi procurada por um grupo de torcedoras, que relataram algumas situações quando elas iam assistir a jogos de futebol, desde situações de
desconforto até importunação sexual - passada de mão, cantadas mais
invasivas. Isso vinha prejudicando a participação delas na torcida, a presença
delas no estádio. Uma das ideias foi fazer a cartilha, para que elas tivessem
consciência das formas de violência e dos serviços à disposição das mulheres.”
Entre
os canais para denúncia apontados na cartilha estão a Delegacia de Atendimento
à Mulher, a DEAM, e o Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher Vítima de
Violência de Gênero, da Defensoria Pública. Flávia Nascimento ressalta que o
objetivo é democratizar o acesso à informação. “A Defensoria vem trabalhando
muito com essa perspectiva de acesso mais amplo à justiça, que não é só a
judicialização, não é só o processo judicial, mas também o acesso à justiça, a
partir da perspectiva da informação, de as pessoas terem informação sobre os
seus direitos, de saberem como reivindicar e acessar seus direitos”. A Cartilha
Mulheres no Esporte serve para orientar mulheres vítimas de violência no
esporte em qualquer lugar do país, e está disponível no site da Defensoria
Pública do Rio, defensoria.rj.def.br.
PESSÔA, Carolina. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2022-11/cartilha-orienta-sobre-violencia-contra-mulheres-no-esporte#:~:text=Cartilha%20orienta%20sobre%20viol%C3%AAncia%20contra%20mulheres%20no%20esporte,graves%20de%20viol%C3%AAncia%2C%20e%20tem%20acontecido%20no%20esporte.
Adaptado. Acesso em 18.abr.2023.
Texto II
A ONU Mulheres considera o esporte como uma
ferramenta poderosa não só para o empoderamento de meninas e de mulheres jovens,
como também para o engajamento de homens pelo fim da violência contra as
mulheres. O programa Uma Vitória Leva à Outra é voltado à formação de espaços
seguros para que meninas de 10 a 18 anos possam praticar esportes e adquirir
habilidades para a vida: autoestima e liderança, educação financeira, saúde e
direitos sexuais e reprodutivos, empoderamento pessoal e coletivo e eliminação
da violência. O programa tem um currículo desenvolvido especialmente para
meninas adolescentes.
COMANDO: Escreva um ARTIGO DE OPINIÃO sobre o tema
depreendido na leitura do material de apoio. Seu texto deverá ter de 25 a 30
linhas, contendo, em especial, uma resposta para: “Quando o assunto é esporte,
como conter a violência física e emocional contra as mulheres?”
Você já
sabe...
O ARTIGO DE
OPINIÃO, como o próprio nome adianta, é um texto em que o autor expõe seu ponto
de vista a respeito de algum tema polêmico. É um gênero textual que se
apropria, predominantemente, do tipo dissertativo.
Dá-se o nome
de articulista àquele que escreve o Artigo, que é um serviço prestado ao
leitor, com o objetivo de convencê-lo acerca não só a respeito da importância
do tema ali enfrentado, como também da relevância do posicionamento do
articulista. São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia – tudo
baseado em informações factuais.
O Artigo é, geralmente,
escrito na primeira pessoa do discurso, contém título e assinatura.
A estrutura do Artigo de opinião, ainda que
maleável, procura seguir:
. Introdução, com a apresentação do tema e da tese
a ser defendida;
. Desenvolvimento, com as argumentações e/ou exemplificações
para a defesa da tese e
. Conclusão, com a reafirmação da tese e a
provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias reflexões.
ALERTA! Cuidado com as armadilhas da primeira
pessoa: Ainda que você desenvolva um texto de opinião, não escreva: “eu acho
que”; “na minha opinião”; “no meu modo de pensar” etc., porque essas expressões
são consideradas armadilhas da primeira pessoa.