Disfarçados por uma infinidade de sabores e aromas, os cigarros eletrônicos dão, à primeira vista, a ideia de serem uma boa alternativa. Principalmente por parecerem, acima de tudo, inofensivos à saúde. Os vaporizadores, como assim também são chamados, ganharam um espaço muito rápido principalmente entre os mais jovens, reacendendo o debate sobre o tabagismo.
Por serem mais práticos, por terem uma aparência mais tecnológica e atrativa e por não causarem aquele incômodo do cigarro tradicional – sobretudo pela diferença de odor -, os eletrônicos passaram a ser socialmente aceitáveis em diversos ambientes, principalmente em festas e eventos.
Tudo isso é motivo de sobra para fazer com que os usuários nem sequer se considerarem fumantes, intensificando ainda mais o uso. Mas tem um lado dessa história que provavelmente não te falaram e que está por trás de todo esse vapor com aroma de menta ou de chiclete. Entenda as mentiras e verdades sobre o cigarro eletrônico. (...) Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) não são seguros e possuem substâncias tóxicas além da nicotina. Sendo assim, o cigarro eletrônico pode causar doenças respiratórias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer. Ainda de acordo com o Inca, os níveis de toxicidade podem ser tão prejudiciais quanto os do cigarro tradicional, já que combinam substâncias tóxicas com outras que muitas vezes apenas mascaram os efeitos danosos.
Os jovens são mais vulneráveis a modismos e novidades. A pressão social, a influência de amigos e a superexposição a mensagens em redes sociais, cinema e televisão fazem com que eles tenham a curiosidade de experimentar variações do tabaco, como o narguilé e o cigarro eletrônico. A maior parte dos fumantes adquire o hábito e a dependência à nicotina na adolescência, pois a curiosidade inicial na experimentação de cigarros é um dos fatores determinantes da prevalência do tabagismo na vida adulta. Modismos como o narguilé e o cigarro eletrônico escondem riscos extras e ainda são porta de entrada para o vício em cigarro comum. O tabaco tem sido apresentado sob diferentes formas de consumo, o narguilé e o cigarro eletrônico são tratados como menos nocivos, mas podem impor danos semelhantes ou até piores do que o cigarro convencional.
Disponível em: https://www.unimed.coop.br/site/web/parana/-/narguile-e-cigarro-eletronico-modismo-entre-jovens. Acesso em 18.abr.2022.
Texto III
Fumo passivo não acaba quando o cigarro é apagado, pois substâncias como a nicotina permanecem no local durante meses: é o Thirdhandsmoke. O tabagismo é o maior fator de risco isolado correlacionado ao adoecimento e à morte no mundo. Entretanto, os danos causados pelo cigarro não atingem apenas os fumantes. O tabagismo passivo, chamado Secondhand smoke (SHS) e que consiste na inalação por indivíduos não fumantes da fumaça proveniente da queima de derivados do tabaco do cigarro, também é um fator de risco para doenças.
Maria Helena Varella Bruna é redatora e revisora, trabalha no Site Drauzio Varella. Escreve sobre doenças e sintomas, além de atualizar os conteúdos do Portal conforme as constantes novidades do universo de ciência e saúde.
COMANDO: Imagine que uma revista de grande circulação
nacional tenha pedido que você escreva um Artigo de Opinião, a partir do seguinte recorte:
“A pressão social, a influência de amigos e a
superexposição a mensagens em redes sociais, cinema e televisão fazem com os
jovens tenham a curiosidade de experimentar variações do tabaco, como o
narguilé e o cigarro eletrônico. Por quê?”
Seu
texto será publicado na coluna EDUCAÇÃO. Escreva entre 20 e 25 linhas.