Muitas vezes, os
apelos da mídia e da indústria da moda impulsionam essa tendência, criando uma
imagem de que ser "adulto" é sinônimo de ser atraente ou
bem-sucedido. As redes sociais também desempenham um papel significativo, pois
as crianças observam e, em grande medida, imitam os comportamentos dos
influenciadores que, apesar de jovens, exibem uma vida adulta bem-sucedida. Os
riscos e as consequências da adultização são diversos, entre os quais a
ansiedade, a depressão e a baixa autoestima. Isso ocorre porque elas podem
sentir-se pressionadas a atenderem a expectativas que estão além de suas
capacidades emocionais e cognitivas. A pressão para se comportar de maneira
adulta pode privá-las da oportunidade de viverem uma infância plena, o que é
essencial para um desenvolvimento saudável. (...) O mais grave é que a
adultização pode levar a uma sexualização precoce e, por sua vez, lamentavelmente, à gravidez. Isso não apenas
coloca as crianças em risco de exploração e abuso, como também pode distorcer
sua compreensão das relações saudáveis e do consentimento. (...) Seleção e
vigilância à programação e aos sites a que crianças têm acesso são o primeiro
passo para evitar-se a adultização.
Gislaine Buosi, educadora
Texto III
Sobre a
adultização: Mas o que fazer
para atenuar esse quadro, uma vez que a vida agitada de muitos pais e
responsáveis quase sempre compromete os momentos de atenção e conversas que
deveriam ser dedicados exclusivamente aos pequenos? De acordo com a
profissional de Recursos Humanos com formação em Psicologia, Jéssica Cardoso,
os pais podem abordar esse tema por meio de diálogos que mostrem às crianças
como é importante e bom aproveitar a infância, já que que existe tempo para
cada período da nossa vida, e que não precisamos antecipar nada, pois logo a
fase adulta chegará.“Também é importante proporcionar um ambiente que estimule
brincadeiras e tudo o que o universo infantil tem de bom a oferecer, como
filmes, histórias e jogos.Vivenciar esses momentos com os pequenos pode ser
ainda mais especial, pois participamos de cada etapa do seu desenvolvimento
gerando conexão e boas memórias”, recomenda.
Disponível em: https://www.appai.org.br/appai-educacao-revista-appai-educar-edicao-147-materia-de-capa-adultizacao-infantil/.
Acesso em 15.ago.2024.
COMANDO: A partir do material de
apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
um ARTIGO DE OPINIÃO sobre o tema: “NÃO À ADULTIZAÇÃO! CRIANÇA PRECISA SER CRIANÇA!”
SÓ PARA LEMBRAR...
O ARTIGO DE
OPINIÃO, como o próprio nome adianta, é um texto em que o autor expõe seu
ponto de vista a respeito de algum tema polêmico. É um gênero textual que se
apropria, predominantemente, do tipo dissertativo. São comuns o apelo emotivo,
as acusações, o humor, a ironia fina – tudo baseado em informações factuais. O
Artigo de opinião é, geralmente, escrito na primeira pessoa, leva título e
assinatura.
A estrutura do Artigo de
opinião procura seguir:
1)
introdução, com a apresentação do tema
e da tese a ser defendida;
2)
desenvolvimento, com as argumentações
para a defesa da tese e
3)
conclusão, com a reafirmação da tese e
a provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias reflexões sobre o tema.