Um aspecto importante a respeito do papel da paternidade na constituição da família é a própria ausência dos pais na responsabilidade de criar os filhos. No Brasil, 5,5 milhões de brasileiros não têm o nome do pai na certidão de nascimento; 11,6 milhões de famílias são formadas apenas por mães solo, ou seja, mães que criam seus filhos sozinhas. (...) Das famílias comandadas por mulheres, 56,9% vivem abaixo da linha da pobreza.
Retrato da ausência dos pais e a realidade das mães solo no Brasil: 61% mães solo negras; 28% mães solo brancas; 11% mães solo de outras raças/etnias. Segundo o IBGE, a maioria das mães solo no país são negras (61%).
Disponível em: https://miquinha.com.br/abandono-paterno-e-o-peso-das-maes-solo/. Adaptado. Acesso em 22.ago.2022.
Texto III
O abandono paterno é um fantasma que acompanha a vida de muitas pessoas. O reconhecimento da paternidade faz parte da nossa construção social. Segundo IBGE, existe um número grande de pessoas sem o nome do pai em sua certidão de nascimento.
O Estatuto da Criança e do Adolescente delega aos pais o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores. Devido ao grande número de pessoas afetadas pelo Abandono Paterno, foi criado um serviço de localização paterna. O serviço tenta localizar pais que não convivem com seus filhos.
A paternidade é um fator de saúde, pois ajuda os filhos a crescerem mais saudáveis, além de implicar no desenvolvimento de relações de afeto seguras, o que também interfere no desempenho escolar dos filhos. Os pais que têm relação próxima e não-violência com os filhos vivem mais, têm menos problemas de saúde física e mental, são menos propensos a abusar de álcool ou drogas, são mais produtivos no trabalho, experimentam menos situações de estresse, envolvem-se menos em acidentes e se reconhecem felizes. (...) O amor não é um ato obrigatório, mas é o mínimo que pode se esperar dos relacionamentos familiares.
Disponível em: https://advogadodefamilia.sampa.br/abandono-paterno/. Adaptado. Acesso em 22.ago.2022.
COMANDO: Escreva um ARTIGO DE OPINIÃO sobre
o tema: “O abandono paterno e a sobrecarga das mães solo no Brasil”.
SÓ PARA LEMBRAR...
O ARTIGO DE OPINIÃO, como o próprio nome adianta, é
um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema
polêmico. É um gênero textual que se apropria, predominantemente, do tipo
dissertativo. São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia fina
– tudo baseado em informações factuais.
O Artigo de opinião é, geralmente, escrito na
primeira pessoa, leva título e assinatura.
A estrutura do Artigo de opinião, ainda que
maleável, procura seguir:
. Introdução, com a apresentação do tema e da tese
a ser defendida;
. Desenvolvimento, com as argumentações para a
defesa da tese e
. Conclusão, com a reafirmação da tese e a
provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias reflexões.
ALERTA! Cuidado com as armadilhas da primeira
pessoa: Ainda que você desenvolva um texto de opinião, não escreva: “eu acho
que”; “na minha opinião”; “no meu modo de pensar” etc., porque essas expressões
são consideradas armadilhas da primeira pessoa.