EFAF - ROTEIRO PARA SEMINÁRIO - JEITINHO BRASILEIRO
ROTEIRO PARA SEMINÁRIO - EF ANOS FINAIS
ROTEIRO PARA SEMINÁRIO
JEITINHO BRASILEIRO E CORRUPÇÃO
ID: GZ9
Texto I
Sonegar impostos, quando as taxas são elevadas, é aceitável? E subornar um guarda para escapar de uma multa? O conceito de honestidade é relativo, a depender da situação com a qual se confronta?
Pelo menos 1 em cada 4 brasileiros diria que sim. Esse tipo de desvio de conduta, cotidiano e dissimulado, que chamamos de “jeitinho brasileiro”, evidencia a contradição entre a indignação popular em relação à corrupção no setor público e a relativização dos pequenos delitos e desobediências. Duas pesquisas recentes mostram que os brasileiros têm dificuldade para compreender a noção de ética (...). O estudo conduzido pela Universidade de Brasília (UNB) revelou que 31% não entendem a diferença entre o que é público e o que é privado. Já a pesquisa feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriu que o desvio individual não é entendido como corrupção – por isso tanta gente considera sonegar impostos errado, mas não corrupto.
Sérgio Buarque de Holanda costumava dizer que o poder no Brasil é personalista, clientelista e centralizador, além de extremamente orgulhoso (...). O historiador e sociólogo brasileiro também acreditava que o Brasil sofrera intensa influência dos portugueses na sua forma de conceber a vida, o trabalho e o poder. (...) Também costumava dizer, como seguidor de Weber que era, que o Brasil tem um tipo de ação social específico. Isso sugere que há regras não escritas em nossa sociedade que sugerem um tipo de comportamento único, fruto de nossa construção histórica. O “jeitinho brasileiro” pode ser considerado parte dessa ação social específica que faz do nosso povo um modelo único. (...) Interessante notar que o mundo sabe que no Brasil a corrupção é a regra! Melhor ainda é saber que isso pode estar com os dias contados. Durkheim, sociólogo, sugeriu que tomar a quebra de regras como norma é uma doença social, denominada por ele como Anomia. Assim, ao admitirmos viver numa sociedade em que o "jeitinho" é a regra, temos uma sociedade doente!
CONTEXTUALIZAÇÃO E COMANDO: Imagine que seu colégio
esteja organizando um SEMINÁRIO, a fim de promover a abordagem do tema: JEITINHO
BRASILEIRO: CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE GRANDES E PEQUENAS CORRUPÇÕES. Você ficou
responsável por escrever o ROTEIRO DO SEMINÁRIO, o que deverá ser feito não só a
partir dos textos de apoio, como também de outras leituras e de suas percepções
acerca do tema.
Você já sabe, mas não custa lembrar...
O SEMINÁRIO é um gênero discursivo oral, que tem por
objetivo apresentar e explorar um determinado tema. Para o desenvolvimento de
um seminário escolar, por exemplo, reúnem-se alunos para pesquisar, resumir,
estudar, discutir o assunto e, depois disso, o conteúdo, geralmente, é fracionado/repartido
entre os alunos envolvidos, a fim de que seja apresentado ao público – em
geral, à comunidade escolar. Os falantes devem adotar a variante formal do
idioma, com o cuidado de selecionar palavras acessíveis ao público-alvo.
Para a composição do ROTEIRO DO SEMINÁRIO, é
preciso observar:
1. apresentação do tema a ser abordado;
2. apresentação dos participantes;
3. sinopse/linhas gerais do tema;
4. partição, ou seja, blocos ou episódios ou tópicos,
com os respectivos subtítulos;
5. desenvolvimento – apresentação de cada bloco;
6. recapitulação do tema, com ênfase nos pontos mais relevantes;
7. considerações finais – impressões pessoais acerca
do tema;
8. abertura de espaço a perguntas ou observações do
público ouvinte;
9. agradecimento pela participação do público ouvinte.