As leis são suficientes para capacitar escolas e educadores para o
combate ao bullying? A sociedade está realmente interessada nesse assunto ou o
que existe são preocupações pontuais quando o indivíduo é pessoalmente afetado?
Só acredito num resultado positivo de combate ao bullying quando toda a
sociedade estiver realmente envolvida, em especial a comunidade educativa, que
implica pais, alunos, professores, diretores, funcionários. É preciso um
empenho real e não apenas verborragia. E, em primeiro lugar, as escolas
precisam admitir que existe bullying dentro delas. Passou o tempo em que se
achava que escolas boas eram as que não tinham bullying. Hoje o que se quer é
que as escolas reconheçam o bullying e digam que iniciativas e ações estão
empreendendo para combatê-lo. E que saibam que essa é uma luta de todos os
dias!
“A maioria das escolas, tanto públicas quanto
privadas, ainda tem um ambiente hostil e violento. Em geral, elas acreditam que
os casos podem ser resolvidos apenas com conversas pontuais ou continuam na
negação do problema”, diz Ana Paula Lazzareschi, advogada especialista no tema
[bullying]. Para ela, colégios têm o dever de implementar programas efetivos de
combate ao bullying, e podem até ser processadas caso não comprovem as ações. O
bullying é caracterizado como ato de violência física ou psicológica que
acontece de forma intencional e repetitiva. A intimidação normalmente se dá de
forma velada. (...) Uma lei federal estabelece como responsabilidade das
escolas a promoção de medidas de conscientização, prevenção, diagnóstico e
combate ao bullying. “Ele ocorre no parque, nas imediações da escola, no
recreio. Em sala de aula, vai acontecer quando o professor está de costas ou
dando atendimento individual a algum aluno. Por isso, é preciso um olhar atento
às pistas que os alunos dão”, diz a psicóloga Luciana Lapa, orientadora da
Escola Stance Dual, em São Paulo, e pesquisadora do Grupo de Estudos e
Pesquisas em Educação Moral (Gepem) das Universidades Estaduais de Campinas
(Unicamp) e Paulista (Unesp).
Por
Isabela Palhares, https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2017/10/21/interna_nacional,910338/especialistas-veem-falhas-no-combate-ao-bullying.shtml,
com ajustes
CONTEXTUALIZAÇÃO E COMANDO: Imagine que seu colégio esteja organizando uma MESA-REDONDA, para a qual convidou profissionais da área da educação, a fim de promover uma discussão a respeito da IMPORTÂNCIA DO COMBATE AO BULLYING NOS ESPAÇOS ESCOLARES, assunto atual e polêmico. Você ficou responsável por escrever o ROTEIRO dos trabalhos, o que você deverá fazer a partir não só do texto de apoio, como também de outras leituras e do seu conhecimento pessoal sobre o tema.
Você já sabe, mas não custa lembrar...
A MESA-REDONDA tem o objetivo de reunir profissionais da área de um determinado tema, para discuti-lo em conjunto, ou seja, na “mesa”. São selecionados profissionais que tenham posicionamentos diferentes a respeito do tema, não só para acalorar o debate, mas também para proporcionar ao público ouvinte uma visão mais abrangente do tema.
A participação do MEDIADOR é essencial para a condução dos trabalhos. É ele quem vai, em linhas gerais, apresentar o tema e os expositores/debatedores, e, logo após, dar início ao debate.
Para tanto, o mediador deve ter consigo um ROTEIRO, em que constarão as abordagens/perguntas a serem feitas ao longo da discussão.
Para a composição do ROTEIRO DA MESA-REDONDA, é preciso observar:
. nota de abertura, com recepção do público ouvinte e nome do mediador;
. sinopse do tema; apresentação dos debatedores – nome e qualificação de todos eles;
. rol de perguntas (sobre o tema), previamente endereçadas a cada debatedor;
. nota de encerramento com agradecimento aos debatedores e ao público ouvinte.
Esgotadas as perguntas do mediador, abre-se a oportunidade não só de os próprios expositores questionarem-se entre si, como também de responderem às perguntas do público ouvinte.