O mais relevante dos impactos das fake news,
sem dúvida, é a proliferação desenfreada de mentiras, o que acelera o processo
da desinformação e não só compromete a formação do pensamento crítico, como
também vai na contramão do jornalismo sério, que pressupõe a apuração dos fatos
e a dedicação à informação real e consistente. Um estudo realizado pelo
instituto de tecnologia de Massachusetts (MIT), apontou que as notícias falsas
se espalham 70% mais rápido que as verdadeiras. Você sabe por quê? A falta de
interesse da sociedade perante a veracidade dessas informações é a principal
causa. Muitos não se preocupam com a fonte da informação e são induzidos a
compartilhar o conteúdo, gerando como consequência o maior alcance da notícia,
inserindo mais pessoas nesse meio. Espalhar notícias falsas virou um grande
negócio. No meio midiático, em alguns casos, a necessidade de engajar a
audiência é um fator que colabora para a disseminação de fake news, já que o
retorno financeiro dos cliques impulsiona a notícia. Neste contexto, a busca
pela atenção das pessoas é colocada acima de valores éticos e morais.
http://republicanos10sp.org.br/artigos/fake-news-conheca-os-impactos-na-sociedade-brasileira/,
com ajustes.
TEXTO 2:
(...) Entre as vítimas, mais da metade afirma
ter perdido dinheiro com as fraudes, em média R$ 478 de prejuízo por pessoa. A
estimativa é que os golpes somaram R$ 1,8 bilhão em 12 meses. Três em cada 10
vítimas ficaram com o nome negativado (30%) por conta da fraude sofrida. Um em
cada 9 pessoas não conseguiram recuperar nenhuma parte da quantia perdida, mas
53% afirma ter esperança de reaver o dinheiro ou parte dele. A maioria das
queixas (52%) se refere ao não recebimento de produtos comprados online. Em
seguida, vem a compra de produto ou serviço diferente do prometido pelo
vendedor (42%) e em terceiro (25%) clonagem de cartão de crédito.
CONTEXTUALIZAÇÃO E COMANDO: Você deverá
imaginar uma situação em que, por conta de fake news, alguém tenha tomado um significativo
prejuízo financeiro. A manchete deverá ser esta: MAIS UMA VÍTIMA DE FAKE NEWS NA CIDADE. Componha
o lide jornalístico e, em seguida, desenvolva a NOTÍCIA.
Escreva de 25 a 30 linhas.
Você já sabe...
NOTÍCIA é o registro de informações recentes
– um acidente, um assalto, uma briga, o desabamento de um prédio, um naufrágio,
a alta do preço da gasolina, uma enchente etc. É veiculada em jornais.
Título e subtítulo da notícia são chamados,
respectivamente, MANCHETE e LINHA FINA. A manchete é curta e fácil de entender.
É preciso usar palavras-chave da notícia para compor a manchete, que deve ter,
preferencialmente, mais verbos de ação e substantivos do que palavras de outras
classes gramaticais.
Os verbos de ação devem ser empregados no
Presente do Modo Indicativo, que sugerem o “agora há pouco” da informação.
A manchete deve atrair a atenção do leitor
para que ele, de fato, leia a notícia. A linha fina é um fragmento recolhido
(e, por vezes, adaptado) do texto.
Lide jornalístico: O primeiro parágrafo de um texto do campo jornalístico informativo, como Notícia e Reportagem, por exemplo, deve conter o lide (ou cabeça da notícia). A expressão inglesa "lead" significa "primeiro" ou "guia", e é essa a finalidade do parágrafo inicial de um texto informativo - levar ao conhecimento do leitor, de maneira sintética/enxuta, os principais pontos da matéria. Desse modo, o lide assemelha-se a um miniconto, uma vez que, para construir o lide, o jornalista deverá encontrar respostas curtas para os elementos: O QUÊ?; QUEM?; ONDE?; QUANDO?; POR QUÊ?; COMO? O corpo da notícia (parágrafos seguintes) contém os pormenores da matéria.
A notícia é escrita na 3.ª pessoa do discurso – em tese, os fatos são relatados sem intromissão/crítica/opinião do jornalista.